O empresário ex-deputado estadual paranaense Tony Garcia, que delatou o ex-juiz suspeito e hoje senador Sergio Moro (União Brasil) informou ao MInistério Público Federal (MPF) que está trazendo dos Estados Unidos gravações que podem comprometer ainda mais a situação do ex-magistrado e de dois procuradores que atuaram na Operação Lava Jato:
Carlos Fernando Santos Lima (que atualmente atuando como advogado) e Januário Paludo.
Nas últimas semanas, Garcia vem afirmando ter atuado como “agente infiltrado” a mando de Moro e de procuradores da Operação Lava Jato para gravar investigados nos processos e “perseguir o PT”.
Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, as gravações que serão entregues ao MPF, PGR [Procuradoria-geral da República] e STF [Supremo Tribunal Federal], teriam sido guardadas nos Estados Unidos por questões de segurança.
“É um material que ele gravou clandestinamente de conversas com o trio realizadas entre 2005 e 2006. Nelas, segundo Garcia, o trio dava a ele as missões que ele deveria desempenhar.
Até o fim de julho, Tony Garcia será ouvido pela PF sobre essas acusações. O depoimento foi autorizado por Dias Tofolli, após um pedido da PGR. As fitas serão um dos carros-chefes da oitiva”, destaca a reportagem.
No final de junho, Garcia publicou em suas redes sociais um trecho de um relatório da Polícia Federal (PF) que cita uma interceptação telefônica enviada ao então juiz Sérgio Moro, em que o advogado Roberto Bertholdo diz estar de posse da gravação da chamada “Festa da cueca”, envolvendo desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
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