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A vingança de Michel Temer para quem não votou para salvá-lo é “malígna”

Aliás todo o seu governo já é malígno

O real furado

Logo após o resultado dos infiéis a Michel Temer no banco de votações da segunda denuncia contra o mandatário, o Palácio do Planalto publicou a primeira lista de exonerações de cargos de segundo e terceiro escalões e, da mesma forma, liberou 40% a mais de emendas orçamentárias aos deputados que barraram a peça.

O painel da Folha desta sexta-feira (27) indica que o Diário Oficial publicou nesta quinta-feira a primeira parte das exonerações de afilhados de deputados que foram infiéis a Temer na votação. Dos oito parlamentares que mudaram seus votos em relação à primeira denúncia, seis deputados já não foram poupados.

A lista foi feita pelo próprio Planalto, que teria publicado as exonerações de apadrinhados de parlamentares e bancadas: “O governo seguiu um raciocínio simples para mensurar a erosão da base.

Na primeira denúncia, Temer obteve o apoio de 263 deputados, com 19 abstenções. Na segunda, de 251 com 25 ausências. A diferença nas somas dos placares é de seis parlamentares“, informou o Painel.

Boa parte dos deputados que mudaram seus votos em relação à primeira denúncia, anteriormente salvando Temer e agora votando pelo processo contra o mandatário peemedebista, integram o PSD: Heuler Cruvinel-GO, Jaime Martins-MG, Delegado Éder Mauro-PA e João Paulo Kleinubing-SC.

Também mudaram os votos parlamentares do DEM (Abel Mesquita Jr.-RR), PMDB (Mauro Mariani-SC), Podemos (Cícero Almeida-AL) e PRB (João Campos-GO).

Desde o início, o recado do Planalto era de que ninguém seria poupado.

A próxima leva de cortes em cargos de órgãos federais indicados por parlamentares que “traíram” o peemedebista deve ser publicada já na próxima semana no Diário Oficial.

As medidas duras fizeram, ainda, com que deputados de partidos aliados amanhecessem em gabinetes de ministros de Temer, explicando seus votos: respondendo a apelações de suas bases regionais, os parlamentares teriam lembrado o apoio a medidas econômicas, como a reforma trabalhista e o teto dos gastos públicos, além do impeachment de Dilma Rousseff.

GGN

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