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Brasil vai participar de nova cúpula pela paz na Ucrânia

Agosto cúpula pela paz

O Brasil participará de uma cúpula pela paz na Ucrânia, marcada para ocorrer em agosto na Arábia Saudita. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, fontes diplomáticas do Itamaraty informaram que as negociações foram concretizadas nos últimos dias.

A reunião, que deve ocorrer na cidade de Jeddah, no Mar Vermelho, contará com a presença de representantes de cerca de 30 países, incluindo membros dos Brics e do governo dos Estados Unidos.

Esta não é a primeira vez que o Brasil se envolve em iniciativas de paz para a Ucrânia.

No final de junho, o país já havia participado de uma iniciativa semelhante com representantes dos países do G7, além de nações emergentes e a própria Ucrânia.

O governo brasileiro enviou emissários tanto a Kiev quanto a Moscou como parte dos preparativos para a conferência.

No entanto, o próprio presidente brasileiro alertou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que uma negociação de paz não pode estar baseada na tentativa de impor unilateralmente um plano de saída para a crise.

Naquela ocasião, durante o encontro realizado na Dinamarca, houve uma tentativa de aprovação de uma declaração final em apoio a alguns pontos do plano de paz ucraniano, mas a ideia foi barrada pela resistência dos países emergentes, incluindo o Brasil.

O representante brasileiro, Celso Amorim, naquele momento destacou que “não seria produtivo” aprovar o documento, argumentando que qualquer ideia de paz precisaria surgir a partir do diálogo entre russos e ucranianos.

Apesar disso, Amorim enfatizou que o encontro foi concluído com um acordo para manter o diálogo, o que já foi considerado um avanço significativo em meio à crise internacional.

Para o processo de paz evoluir, o Brasil enfatizou a importância de incluir a China e a Rússia nas conversações, uma vez que não há como alcançar um acordo apenas entre os ucranianos.

Nesse sentido, a conferência em agosto será uma oportunidade crucial para fortalecer o diálogo entre todas as partes envolvidas.

“Por enquanto, o processo ainda não será transformado em uma reunião de cúpula de chefes de Estado. Mas não se descarta que, no futuro, o grupo possa ganhar tal dimensão”, ressalta Chade.

Reuters

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