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Coronel da reserva do Exército é nomeado para coordenar hospitais federais no RJ

Coronel da reserva do Exército George da Silva Divério

O coronel da Reserva do Exército George da Silva Divério, de 57 anos, foi nomeado pelo Ministério da Saúde para ser o coordenador dos seis hospitais federais no Rio de Janeiro.

O militar substituirá Jonas Roza, que ocupava a secretaria executiva do Ministério da Saúde no RJ.

O G1 apurou que, nesta manhã de terça-feira (23), o coronel se reuniu com representantes dos médicos e servidores da rede federal no RJ. No encontro, afirmou ter a orientação do ministério para “organizar a gestão dos hospitais”.

Os hospitais federais do RJ são:
Hospital Federal de Bonsucesso
Hospital Federal da Lagoa
Hospital Federal de Ipanema
Hospital Federal do Andaraí
Hospital Federal Cardoso Fontes
Hospital Federal dos Servidores do Estado

George da Silva Divério tem mais de 40 anos de Exército e foi comandante da Brigada Paraquedista.

O militar entrou para o Exército em 1978. Tem cursos de paraquedista, nas Forças Especiais do Exército e de operações na selva.

Entre 2005 e 2007 foi comandante da Brigada Paraquedista, na Zona Oeste do Rio.

Em 2015 passou para a Reserva do Exército. No ano seguinte, em 2016, assumiu a fábrica de Estrela, da Indústria de Material Bélico (Imbel), no Rio de Janeiro.

A unidade era destinada à fabricação de explosivos, acessórios e pólvora negra.

Estava adquirindo experiência para administrar hospitais. (cljornal)

Problemas em hospitais

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, hospitais federais têm sido alvo de polêmicas.

No fim de abril, Jornal Nacional denunciou que havia leitos fechados em Bonsucesso e na Lagoa, entre outras unidades públicas.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma representação junto ao Ministério Público de Contas para que fosse reconhecido que a União violou os princípios administrativos da eficiência e eficácia ao manter leitos e equipamentos ociosos em seus seis hospitais federais no Rio de Janeiro por falta de profissionais durante a pandemia da Covid-19.

O órgão informa que, de acordo com o Censo Hospitalar do dia 15 de maio, 770 leitos estavam impedidos em razão da falta de recursos humanos. Segundo nota técnica do Ministério da Saúde, cerca de 15 a 20% da capacidade instalada dos hospitais federais na capital fluminense estava inoperante.

Apontado no início da pandemia como referência para o tratamento da Covid-19, o Hospital de Bonsucesso é um dos principais alvos das denúncias.

A juíza federal Carmen Silvia Lima Arruda chegou a intimar o Ministério da Saúde a destituir a direção do Hospital Federal de Bonsucesso e disse que o hospital estava sendo “omisso” durante a pandemia. Ela também cobrou a abertura dos leitos de seis hospitais federais do Rio, que já havia sido determinada e não foi cumprida.

Dias depois, o médico Cláudio Pena Gonçalves pediu demissão da chefia da emergência da unidade. O diretor alegou motivos pessoais, mas funcionários do hospital ouvidos pela TV Globo dizem que ele questionava a falta de condições de trabalho, como carência de pessoal e equipamentos de proteção individual.

Militares no ministério

O governo federal vem aumentando a presença de militares no Ministério da Saúde desde a saída de Luiz Henrique Mandetta do comando da pasta.

O primeiro foi Eduardo Pazuello, nomeado secretário-executivo do então ministro da Saúde Nelson Teich, e que foi nomeado como ministro interino. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde está sem titular.

Marco Antônio Martins

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