A jornalista Thaísa Galvão, em seu blog, publica decisão em que o antigo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, arquivava uma investigação contra o senador José Agripino Maia (DEM) relacionado à Operação Sinal Fechado.
Diante dos depoimentos prestados por Gilmar da Montana e Alcides Barbosa, Agripino respondeu com declarações tomadas em cartório por Gilmar e George Olímpio em que se negava que o último houvera lhe repassado R$ 1 milhão de propina em 2010.
Na verdade, em cartório, George disse que jamais passou cheques, quatro, para José Agripino. O documento de Gurgel é de 2012.
Ali se sabia da delação de Alcides Barbosa, que nunca disse que George tinha passado quatro cheques para José Agripino: os cheques, segundo aquela delação, haviam sido emprestados por José Bezerra Júnior, o Ximbica.
Tudo isso, no entanto, mudou de figura quando outros dois personagens decidiram fazer acordos de delação com o MP.
O primeiro, o próprio George Olímpio. O outro foi Marcus Vinicius Furtado.
É o depoimento de George, em que afirma o pagamento de R$ 1 milhão e 150 mil a Agripino, que foi ao ar no Fantástico do último domingo.
Além do depoimento, George, acusado de liderar o esquema no DETRAN, entregou gravações e outras provas ao Ministério Público.
Alcides Barbosa, o primeiro delator do esquema, já dissera que George costumava gravar conversas e reuniões para se proteger futuramente.
Depois do depoimento de George, o atual Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, desarquivou, há cerca de cinco meses, a investigação contra o senador.
O senador se encontra em situação difícil, provar a sua inocência está sendo praticamente impossível.
Fonte: Daniel Dantas Lemos.