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O Brasil está preparado para um confronto na Amazônia?

Poderemos defender a floresta amazônica brasileira?

Em algumas ocasiões, a comunidade internacional questiona a soberania brasileira da Amazônia, seja através de comentários políticos, como os feitos em 2019 pelo presidente francês, Emmanuel Macron, seja por demandas ambientalistas.

Com difícil acesso e grandes trechos das fronteiras nacionais, o Brasil está preparado para um confronto na Amazônia?

Historicamente, aponta Tássio Franchi, coordenador do projeto Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações: estudos sobre ajuda humanitária e segurança integrada, o Brasil teve como foco de concentração de suas forças de defesa o eixo Sul-Sudeste.

“É onde houve os grandes confrontos e onde está a base industrial de defesa”, disse. “Mas temos um bom efetivo na Amazônia, principalmente se compararmos com o que os vizinhos têm na região.”

Por que defender a Amazônia?
Com quase 13 mil km de fronteiras terrestres, a região é onde o Brasil faz contato com a maior parte dos outros países da América do Sul.

O interesse pela maior floresta tropical do mundo se intensificou a partir da Primeira República, ganhando força na Era Vargas e depois, ainda mais, nos anos dos governos militares, explica Rafael Esteves Gomes, mestrando em história comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador voluntário no Núcleo de Avaliação de Conjuntura (NAC), da Escola de Guerra Naval (EGN).

“Inclusive com aquele lema bem famoso da época, que era ‘Integrar para não entregar’, que era a ideia de que se tinha que integrar a Amazônia ao resto do Brasil para não deixá-la alheia às ameaças externas.”

Quem protege a Amazônia?
Nas Forças Armadas, a Amazônia cai sobre diferentes jurisdições. No Exército ela é responsabilidade, em sua maioria, do Comando Militar da Amazônia (CMA).

Parte de suas defesas também estão com o Comando Militar do Norte, que abrange os estados do Pará, Amapá e Maranhão, e o Comando Militar do Oeste, que atua no estado de Mato Grosso.

Operação Ágata Fronteira Norte
Já na Força Aérea Brasileira (FAB), as mesmas divisões se aplicam, com o VII Comando Aéreo Regional (COMAR) sendo responsável pela maior área da Amazônia, enquanto o I COMAR engloba os estados do Pará e Amapá, e o VI COMAR no estado de Mato Grosso.

Na Marinha, por sua vez, o 9º Distrito Naval (DN) atua sobre a maior parte dos estados amazônicos, enquanto o Pará e o Amapá estão no 4º DN e Mato Grosso no 6º DN.

“Hoje, temos cinco brigadas na região amazônica, cinco grandes unidades, divididas em vários batalhões, regimentos de cavalaria, regimentos de GAC [artilharia de combate].

A Marinha tem dois grandes distritos navais ali, em Manaus e Belém, com a base naval do Rio Negro em Manaus, e a base Val-de-Cães em Belém”, sublinha Franchi.

Tássio ainda ressalta que, apesar dessas divisões de comando e áreas, as Forças Armadas atuam bem em conjunto na região, conseguindo realizar operações em agrupamentos.

Não só isso pode ser observado através de exercícios militares, como na recente Operação Acolhida, de ação humanitária e acolhimento dos refugiados venezuelanos, e na Operação Ágata, de combate ao crime, em especial o narcotráfico e garimpo ilegal, na Amazônia.

SPUTNIK

Defender o território da floresta Amazônica brasileira contra os países da América do Sul, individualmente, as Forças Armadas estão capacitadas, em conjunto se torna mais difícil e se os EUA resolverem tomar a Amazõnia seremos fragorosamente derrotados, a não ser que façamos aliança com países mais poderosos.

cljornal

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