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Por cargos, políticos queixam-se de privatizações ao Planalto

As privatizações do governo federal não tem agradado a integrantes da classe política, mas o motivo nada tem a ver com a macroeconomia e, sim, com cargos.

O plano de privatizações do governo federal não tem agradado a integrantes da classe política, mas o motivo nada tem a ver com a macroeconomia e, sim, com cargos.

Interlocutores de Michel Temer disseram  que políticos de diferentes partidos têm procurado nos últimos dias o Planalto para se queixar da perda de espaço em setores como o da Eletrobras e também da Casa da Moeda – ambos no pacote de privatização do governo.

Lideranças partidárias reclamam que, com as privatizações, eles perderão cargos e indicações de apadrinhados nos órgãos.

No caso do setor de energia, por exemplo, a procura por explicações vem de peemedebistas do Senado.
Nesta quinta-feira (24), o ex-presidente do Senado e ex-presidente da República José Sarney (PMDB) esteve no Palácio do Planalto. Oficialmente, o governo não divulgou o assunto tratado.

Nos bastidores, um auxiliar do presidente ironizou nesta quinta o que chamou de “preocupações dos políticos”. “Se o indicado político tiver perfil técnico, vai ficar. Por que sairia?”

No caso da Casa da Moeda, quem pede ao governo mais informações é o PTB. O partido, desde os governos petistas de Lula e Dilma, indica dirigentes para o órgão. Em troca, o governo cobra apoio para votações no Congresso Nacional. O clássico toma lá, dá cá. O PTB é o partido de Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão.

 ANDRÉIA SADI

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