O PSB quer usar uma manobra jurídica para blindar Marina Silva, nova candidata do partido à Presidência, na polêmica em torno do avião fantasma usado na campanha de Eduardo Campos e da própria Marina.
Sem dono declarado, caso não consiga demonstrar de quem é o avião em que o ex-governador de Pernambuco morreu e como ele era pago pela campanha, o partido estará sujeito à impugnação de sua candidatura.
Mas a sigla acredita ter encontrado um meio de distanciar Marina do caso.
A responsabilidade pelos esclarecimentos será do comitê financeiro de Campos, que tinha CNPJ próprio e foi desativado logo após sua morte.
Um novo comitê financeiro, com outro CNPJ, foi registrado no nome de Marina.
O PSB contratou um escritório de advocacia para cuidar do caso e, até agora, nenhum integrante do partido deu explicações claras sobre o assunto.
Marina pediu mais tempo para esclarecimentos e seu tesoureiro, o deputado Márcio França (PSB/SP), O deputado Marcio França (PSB/SP), que é também tesoureiro da campanha presidencial, escancarou, na segunda-feira, a falta de argumentos do PSB para justificar como o partido utilizou um avião fantasma, que não tem dono declarado, nos voos da dupla Eduardo Campos e Marina Silva.
“Documento de avião você carrega no avião. Se estava no avião, já não existe mais”, afirmou; ele também insinuou que a candidata Marina Silva não prestará esclarecimentos.
“Responder ela tem que responder, no limite da responsabilidade dela”; pelo jeito, no que depender do PSB, as vítimas do acidente em Santos (SP) e os colaboradores de Eduardo Campos que morreram no acidente ficarão a ver navios. Um escárnio.
Como o PSB não pretende indicar um dono para a aeronave, as vítimas do acidente, seja os que perderam seus imóveis em Santos (SP) ou os parentes dos ex-colaboradores de Campos que perderam a vida, tendem a ficar sem direito a reparações e indenizações.
Mais uma vergonha nacional.
Fonte: Redação com informações de B.247