As campanhas de Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para impedir que a Record transmita a entrevista de Jair Bolsonaro (PSL) no mesmo horário do debate presidencial da Globo, informam Thais Arbex e Julia Chaib.
Na petição encaminhada ao TSE, o PT classifica a transmissão da entrevista como desproporcional e absurda.
“Ou seja, apesar de Jair Bolsonaro se negar a debater com seus adversários, pretende se utilizar do tempo de uma empresa concessionária de serviços públicos para, de forma privilegiada, expor ao público tudo aquilo que pensa.”
O partido diz que, caso a emissora leve a entrevista ao ar, estará caracterizado a existência de abuso de poder econômico e poder religioso, “uma vez que o proprietário dono de 90% da emissora, que também é um líder religioso internacional, utilizará de seu meio de comunicação para conferir tratamento privilegiado ao seu candidato”.
A peça foi distribuída para o ministro Carlos Horbach.
No domingo (30), o bispo Edir Macedo afirmou no Facebook que está apoiando Bolsonaro na campanha presidencial.
Macedo, que é dono da TV Record e líder da Igreja Universal do Reino de Deus.
Não aconteceu absolutamente nada. A justiça continua parcial e a entrevista foi ao ar.
Edir Macedo mesmo tendo anunciado que está apoiando o candidato a ser entrevistado pela sua emissora de Tv, no mesmo horário do debate na Rede Globo e o Bolsonaro afirmar não possuir condições de saúde para comparecer ao debate, aceitou ser entrevistado pela Record.
A justiça como sempre tomou uma posição conforme os seus próprios interesses políticos.