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Tuma Jr lança livro que ataca Lula e o PT

 

O ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, lançou nesta sexta-feira (13) o livro Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado, no qual ataca Luiz Inácio Lula da Silva e acusa o partido do ex-presidente, o PT, de utilizar a máquina do governo federal para montar dossiês contra adversários. Em uma das acusações mais polêmicas feitas no livro lançado ontem, o delegado afirma que Lula foi informante da ditadura.

 

Segundo escreveu Tuma Júnior, o então líder sindical repassava dados sobre greves sob o codinome de “Barba” ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde atuava seu pai, Romeu Tuma. O petista ficou preso em 1980 por 30 dias no Dops, após greves no ABC. Ao dar informações ao governo militar, Lula garantiu “privilégios” na prisão como noites de sono em um sofá do Dops e uma visita à mãe, dona Lindu, que estava gravemente doente, segundo o livro.

 

Tuma Júnior, que é delegado, foi secretário do Ministério entre 2007 e 2010, durante o segundo mandato de Lula na Presidência da República. Na época, foi demitido por suspeitas de envolvimento com a chamada máfia chinesa. Parte do conteúdo do livro foi revelada na edição da semana passada da revista Veja.

Procurado, o Instituto Lula informou ontem que o ex-presidente não iria fazer comentários.

‘Armação’. O ex-secretário Nacional de Justiça atribui a sua demissão do cargo, em 2010, a uma “armação” do governo Lula com o Estado.

Em 5 de maio de 2010, o jornal publicou reportagem revelando que a Polícia Federal tinha interceptado gravações e e-mails ligando-o a Li Kwok Kwen, o Paulo Li, acusado de ser um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

A quadrilha era suspeita de ser especializada em contrabando de telefones celulares e venda de vistos permanentes.

“A pergunta que faço é: o que era mais importante para o Estadão noticiar? A foto do ‘chefe da máfia’, um chinês, com o secretário Nacional de Justiça na China, ou entregando um presente para o presidente Lula (…)? Eu respondo: é óbvio que, se não fosse armação do governo com o jornal, se o indivíduo fosse mesmo um mafioso, o Lula estaria na capa do Estadão e não eu”, escreve, referindo-se ao fato de o então suspeito de integrar a máfia chinesa aparecer em várias fotos ao lado de autoridades da República.

Fonte: Redação / O Estado de S. Paulo

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