Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), o desembargador Kassio Nunes Marques traz em seu currículo no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) a informação de que é “pós-doutor em Direito Constitucional pela Universidade de Messina, Itália (Universitá Degli Studi di Messina)” e que possui “postgrado em Contratación Pública pela Universidad de La Coruña – Espanha”.
No entanto, as universidades informaram que o curso italiano se tratou de uma especialização , equivalente a um ciclo de seminários, e o espanhol foi apenas um curso de extensão .
No entanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender seu indicado ao Supremo Tribunal Federal, Kassio Nunes, nesta terça-feira (6), na frente do Palácio do Alvorada. “Eu deixo claro que sou passível de críticas, mas não vai ter (espaço) para baixaria”.
“Acusaram o cara de tudo, parecia até que era o bandido mais procurado do Brasil”, comentou Bolsonaro sobre as críticas feitas a Kassio Nunes.
Muitas das críticas partiram de simpatizantes do presidente.
“Começam mentindo. Disseram que ele votou para manter o (ex-ativista italiano) Cesare Battisti no Brasil, quem decidiu foi o STF em 2009”, disse Bolsonaro. E completou: “Ah, ele é comunista. Comunista é o que não falta no Brasil”.
Bolsonaro ainda aproveitou para dizer que esse tipo de situação o deixa irritado, aproveitando para ironizar seus adversários políticos. “Continua me desgastando, quem sabe se eu não vier candidato em 2022 tem gente boa aí: tem o Haddad, tem o Alckmin, tem o Ciro”, completou o presidente.
Redação IG