Tempo - Tutiempo.net

A policia não descartou hipótese de latrocínio da turista assassinada em trilha no RJ

Buscas pela turista duraram três dias — Foto: Gustavo Garcia | Inter TV RJ

A Polícia Civil não descarta a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, no caso da turista de Florianópolis (SC) Fabiane Fernandes, de 30 anos, encontrada morta em uma trilha em Arraial do Cabo, Região dos Lagos do Rio, na quarta-feira (21).

O corpo passa por autópsia na manhã desta quinta-feira (22) e ninguém da família chegou ao IML.

Segundo o delegado Renato Mariano, titular da 132ª Delegacia de Polícia, seis testemunhas já foram ouvidas e as equipes aguardam o resultado do laudo do IML, que vai apontar se a turista sofreu algum tipo de violência sexual.

Fabiane foi encontrada sem roupas e com lesões na cabeça e no corpo.

“A carteira dela não tinha dinheiro, apesar do celular estar no local, assim como outros pertences. Por enquanto não temos como saber se ela sofreu violência sexual”, afirma o delegado.

O prazo médio para a divulgação do exame do IML é de 10 dias. Renato também pediu a quebra do sigilo telefônico para analisar o conteúdo do aparelho da turista.

De acordo com o IML, a autópsia no corpo de Fabiane foi iniciada por volta das 9h desta quinta-feira.

Após a realização do exame, o corpo é liberado para a família, mas ainda segundo as informação do órgão, nenhum membro da família da turista chegou ao local ainda.

Renato Mariano diz ainda que segundo um breve levantamento feito pela polícia, há registro de pelo menos outros três casos semelhantes de assassinatos em trilhas de aventura na cidade.

“Não é um fato isolado, existe histórico. É preciso agir com muita prudência”, pontua o delegado.

A turista estava desaparecida desde a tarde de domingo (18).

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, Marcelo Figaldo, um amigo da turista disse que ela postou uma foto nas redes sociais por volta das 11h e depois ficou incomunicável.

Ele acionou a equipe e as buscas foram iniciadas na segunda-feira (19).

O amigo de Fabiane prestou depoimento na 132ª Delegacia de Polícia e, segundo o delegado, há sinais de que ele realmente tentou fazer contato com a amiga e não conseguiu.

Fabiane administrava uma pousada da família na Praia dos Ingleses, em Florianópolis.

O irmão dela disse ao Jornal Hora, de Santa Catarina, que ela não informou aos parentes sobre a viagem ao Rio de Janeiro.

Fabiane tinha um filho de nove anos e cuidava da mãe, que é acamada, segundo relato de amigos ao G1.

Eles contam que ela sempre fazia trilhas, mas nunca havia entrado em uma sozinha.

na cidade onde morava também percorria trilhas de bicicleta, mas sempre com um guia, ainda segundo colegas.

Um vídeo registrou a empresária lanchando em uma loja de conveniência antes de desaparecer.

Fabiane esteve no estabelecimento por dois dias seguidos para lanchar e tomar café da manhã.

Segundo funcionários da loja, ela disse que estava sozinha na cidade e que queria fazer a trilha do Pontal do Atalaia.
“Estava sozinha.

Falou que estava hospedada em um apartamento aqui na Prainha.

Falou que tinha vindo sozinha de Floripa, num voo.

Mostrou algumas fotos no Instagram dela e parecia que ela gostava de algo aventureiro, fazer trilha, bicicleta”, contou um dos funcionários.

Cadela localizou o corpo

A cadela Toya, da raça golden retriever, participou das buscas e localizou o corpo da empresária na trilha da Prainha na manhã de quarta-feira (21).

O comandante dos bombeiros explicou que a cadela cheirou peças de roupa da turista que foram disponibilizadas pelo hotel em que ela estava hospedada e então farejou os vestígios de Fabiane na trilha.

Outros cães do canil do batalhão de Magé participara do trabalho.

Fernanda Soares

OUTRAS NOTÍCIAS