Tempo - Tutiempo.net

Flávio Dino rebate mulher que atacou brasileira em Portugal: “Devolvam nosso ouro e estaremos quites”

Flávio Dino rebate ofensa de portuguesa

O ministro da Justiça, Flávio Dino, rebateu na terça-feira (7) os ataques xenófobos contra uma brasileira em Portugal. Divulgado redes sociais, um vídeo mostra uma portuguesa xingando a vítima brasileira no aeroporto da cidade de Porto.

A agressora acusou os brasileiros de estarem “invadindo” seu país. Em tom irônico, Dino disse se tratar de “direito de reciprocidade”, por conta da invasão dos Portugueses ao território brasileiro em 1500.

“Ela diz assim no vídeo: ‘Vocês estão invadindo Portugal’. Bom, se for isso, nós temos direito à reciprocidade, porque, em 1500, eles invadiram o Brasil e nós estamos tudo de acordo. Concordo até que eles repatriem todos os imigrantes que lá estão, devolvendo junto o ouro de Ouro Preto, e aí fica tudo certo, a gente fica quite”, afirmou o ministro.

Dino deu a declaração contra os ataques à brasileira em Portugal durante o lançamento dos cursos do Bolsa-Formação, projeto do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2).

Racismo explícito
À imprensa portuguesa, a brasileira, que não quis revelar sua identidade, relatou que a confusão começou quando ela reclamou de dor, após uma amiga da agressora derrubar uma mala no seu pé. “Doeu? É problema seu”, respondeu a portuguesa. Além disso, começou a ofendê-la e dizer que ela “não era bem-vinda” em Portugal.

A brasileira começou a filmar a agressão. Disse ainda que iria denunciá-la. “Você pode filmar o que você quiser. Você pode por na internet. Olha aqui a minha carinha”, reagiu a portuguesa.

E então aumentou o tom das agressões. “Sua porca! Vá para a sua terra, sua porca. Sou portuguesa de raça. Você, que é brasileira, vai para a sua terra”. Por fim, proferiu insultos racistas dizendo que os brasileiros, a quem chamou de “raça de filhos da puta”, estão “invadindo Portugal”.

Entre 2017 e 2021, as denúncias de xenofobia contra brasileiros em Portugal cresceram 505%. Os dados são da Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR), do governo português.

OUTRAS NOTÍCIAS