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Itabuna: Menina de 12 anos acusa padrasto por gravidez

O padrasto de uma jovem de 12 anos é suspeito de abusá-la sexuamente e engravidá-la no município de Itabuna, sul da Bahia. O caso foi denunciado à Vara da Infância e Juventude da cidade por representantes da escola onde a menina estuda. O homem está foragido.

 

“Ameaçava muito. Eu ficava com medo, chorava, mas só que eu não podia fazer nada. Era muito difícil porque eu ia para a escola. Os meninos tudo ficava perguntando, porque eu ficava assim desse jeito, minha barriga crescendo muito, e eu não sabia dizer o que era. Eu gostaria que ele estivesse preso para nunca mais ver a cara dele”, diz a menina.

 

A mãe da garota, que prefere não se identificar, também está grávida, de seis meses, e afirma que foi diagnosticada com leucemia e sífilis, doença sexualmente transmissível. Ela diz que notou a mudança no comportamento da filha, mas não teve coragem de denunciar o companheiro.

 

“Quando eu fiquei sabendo de toda a verdade ele começou a me ameaçar, ele ameaçava os meus filhos. Dizia se eu contasse alguma coisa que me matava, matava meus dois filhos. Então eu fiquei sem saber o que fazer, sem poder pedir ajuda pra ninguém”, afirma a mulher.

 

Por questões de segurança e bem estar, a jovem está morando em um abrigo. Mãe e filha estão sendo atendidas pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas). “É uma criança que vai ter outra criança. Então o Creas já está acompanhando desde o momento que ela estava internada no hospital e já vai estar entrando nesse apoio psicológico para que essa criança tenha essa reconstrução de sua história”, observa Gerbara Dias, psicóloga.

 

“Esse tipo de crime, na minha opinião, é o mais hediondo dos crimes porque ele rouba a infância de uma criança, as sequelas serão indeléveis, para o resto da vida. É muito importante que as pessoas denunciem, que os professores, diretores de escola, observem seus alunos. Verifiquem comportamentos estranhos, que chamem atenção, de repente um comportamento anormal ao aluno pode ser um pedido de socorro para uma situação dessa, de abuso sexual”, destaca Marcos Bandeira, juiz da Vara da Infância e Juventude.

 

Fonte: Redação/ G1

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