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Médico usa atestados falsos e tira 462 dias de licença

Um médico intensivista é suspeito de apresentar dez atestados médicos consecutivos, dentre eles três falsos, para ter 462 dias de licença de saúde do estado da Bahia. No mesmo período, o servidor público teria atuado normalmente como diretor médico em um município no interior do estado. As informações são da Secretaria da Administração (Saeb), que apura indícios de irregularidades no afastamento do trabalho de 526 servidores do estado.

Segundo a Saeb, o médico relacionado a atestados falsos é profissional do Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, e outro da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), na Avenida Bonocô, em Salvador, e teria alegado incapacidade para trabalhar nessas duas unidades de saúde. Dos dez atestados apresentados durante o período de pouco mais de um ano e meio, três foram comprovados como falsos, conforme a Saeb, por meio de perícia grafotécnica do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Segundo a secretaria, o médico irá responder a processos administrativos, além de ter o caso remetido para a Delegacia de Crimes Econômicos e contra a Administração Pública (Dececap) e para o Conselho Regional de Medicina (Cremeb), pelos indícios de crime de falsificação.

O médico Otávio Marambaia, conselho do Cremeb, informou que ainda não foram protocoladas na unidade as denúncias feitas pela Secretaria de Administração do Estado (Saeb).

Diante da apresentação das denúncias, Marambaia conta que ação imediata é a abertura de sindicância. “Necessariamente será aberta sindicância. O médico será chamado e terá amplo direito de defesa. Se o Conselho perceber que as explicações não esclarecem os fatos, será aberto um processo ético-profissional”, conta.

Se as denúncias forem confirmadas, Marambaia diz que o médico alvo das suspeitas pode sofrer punições que vão de advertência à suspensão do registro profissional, temporária ou definitivamente.

Do G1 BA

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