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Segundo terrorista identificado em Brasília “não tem nem dinheiro para comprar revólver”, diz amigo

Alan Diogo Rodrigues com Magno Malta e Hélio Negão

Alan Diego dos Santos Rodrigues trabalhou por cerca de um ano como taxista na cidade de Comodoro, em Mato Grosso, onde mora.

Rodrigues é o homem para quem George Washington Sousa diz ter entregado o artefato explosivo que no sábado (24) foi encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília

Um dos colegas de trabalho de Alan Diego na Astax (Associação de Taxistas) de Comodoro diz que ele sempre pareceu uma pessoa tranquila, embora fosse bastante influenciável.

“Que eu saiba, ele é um cara de boa. O problema é que vai muito pela ‘pilha’ dos outros”, contou Silvan Messiaro, motorista de táxi em Comodoro.

“Só se foi no meio desse povo aí (manifestantes bolsonaristas) que colocaram ele no meio disso (refere-se ao atentado).”

No depoimento que deu à polícia, George Washington de Sousa disse que “no dia 23/12, à noite, foi até o QG e deixou o artefato explosivo já preparado, com a pessoa de Alan Diego dos Santos Rodrigues”. No dia seguinte, a peça foi encontrada próximo ao aeroporto.

“Ele era Bolsonaro, mas não lembro que tenha feito nenhum comentário mais agressivo antes. Usaram ele”, diz Silvan, sobre Alan Diego. “Não tem dinheiro nem pra comprar um revólver. Estão usando o coitado”.

Há oito meses, Alan Diego deixou de frequentar o ponto de táxi —justamente no período em que começou a campanha eleitoral e as manifestações questionando a legitimidade do processo eleitoral.

As últimas fotos com o uniforme da Astax são de setembro de 2021. Segundo colegas do ponto de táxi, Alan Diego é muito amigo da vereadora Gleyscler Belussi (Podemos) e fez campanha para ela.

Alan Diego, que já teria fugido de Brasília, é casado e tem dois filhos.

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