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Zambelli diz que não quer mais “intervenção militar”

Carla Zambelli

Em depoimento à Polícia Federal prestado ontem, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que a frase que escreveu em seu Twitter “bora subir robozada” foi uma “sátira” em relação às afirmações de grupos de esquerda de que ela se utiliza de robôs para impulsionar suas redes.

Em quatro horas de depoimento, Zambelli negou participar ou incentivar atos antidemocráticos e afirmou que não apoia a intervenção militar, mas disse que entende que a Constituição Federal prevê a possibilidade de as Forças Armadas atuarem como “um poder moderador dos demais poderes da República”.

Zambelli, que é uma das investigadas no inquérito dos atos antidemocráticos, acusou a colega Joice Hasselmann (PSL-SP) de ter criado um “gabinete do ódio” para “distorcer a realidade”.

Carla Zambelli também afirmou que já recebeu “monetização” (dinheiro) de seu canal do Youtube.

No entanto, disse que, ao tomar conhecimento de que estava recebendo esse recurso da rede social quando já era parlamentar, pediu para a empresa suspender os repasses.

Carla também confirmou que conhece o grupo 300 do Brasil, que tem a ativista de extrema direita Sara Giromini como líder, mas negou ter financiado seus integrantes.

A deputada afirmou que foi convidada por seus participantes “a tirar fotos, fazer vídeos e conversar”, mas alega que “nunca ajudou o grupo dos 300, seja financeiramente ou materialmente”.

Perguntada sobre a existência do “gabinete do ódio”, Zambelli afirmou que existe uma guerra de narrativas de pessoas ligadas à esquerda que atribuem essa denominação a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, acusou a deputada federal Joice Hasselmann de criar em seu gabinete uma estrutura responsável pela promoção de notícias falsas.

Assessoria

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