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Hospital Dom Pedro e a médica Mayara Miranda Silva são condenados pela justiça pela morte de recém-nascido. Cabe recurso

Hospital Dom Pedro de Alcântara e médica condenados por morte de recém-nascido

A médica obstetra

Uma médica obstetra Mayara Miranda Silva e o Hospital Dom Pedro de Alcântara, após 13 anos foram condenados pela Justiça pela morte de recém-nascido, em fevereiro de 2010.

A decisão foi do juiz Antônio Gomes de Oliveira Neto, titular da 5ª Vara Cível de Feira de Santana.

Os pais da vítima, Irani de Brito Carvalho e Antônio Carlos Souza, devem ser indenizados em R$ 200 mil, por danos morais, pelos réus, médica Mayara Miranda Silva e o Hospital Dom Pedro de Alcântara.

A indenização ainda vem acompanhada do pagamento de pensão mensal, no valor de 1/3 do salário mínimo, no período de 50 anos. Segundo a decisão judicial, esse valor deverá ser pago de uma só vez.

O caso

Irani Carvalho deu entrada no Hospital Dom Pedro de Alcântara, grávida de seu terceiro filho, aos nove meses de gestação, no dia 21 de fevereiro de 2010.

Ela declarou que foi atendida por uma enfermeira sob orientação da médica Mayara Miranda e após o primeiro atendimento, a média deixou o local com o parto sendo acompanhado pela enfermeira.

A médica Mayara Miranda apenas teria retornado à sala de parto quando  a criança tinha ficado presa no momento do nascimento. Sem o auxílio médico indispensável, a criança morreu.

Mayara Miranda e o Hospital Dom Pedro tentaram se defender das acusações, mas as provas foram contundentes conforme os depoimentos e interrogatórios. Na verdade, durante todo o trabalho de parto, a médica não estava presente.

Em  laudo pericial realizado pela Polícia Civil. ficou comprovado que “ocorreu negligência no dever de vigilância, por passividade na incompleta avaliação das condições materno-fetais adequadas para um parto normal.

O Ministério Público também teve o mesmo entendimento, denunciando o caso à Justiça.

Não é possível admitir condutas como essa, que negligenciam o atendimento às mulheres, em um dos momentos mais sublimes da vida, o parto”, disse um dos o advogados.

O Hospital Dom Pedro de Alcântara, através da Santa Casa de Misericórdia, e a médica Mayara Miranda Silva recorreram da decisão. O Tribunal de Justiça da Bahia vai julgar o caso.

cljornal com informações da Justiça

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