Segundo a Globo, uma das testemunhas que participaria da audiência não quis comparecer por medo de represálias após vazamentos de informações na imprensa.
O MPT considera que a emissora permitiu assédio sexual e moral entre os funcionários e deve apontar o que a empresa deveria ter feito para evitar novos casos.
Caso a emissora seja condenada, ela terá que pagar o valor, que vai ser enviado a um fundo, que será escolhido pelo Estado.
Ações do MPT contra empresas são comuns, mas o motivo da denúncia do órgão contra a Globo é incomum, já que casos de assédio costumam ser subnotificados, segundo a advogada trabalhista e conselheira de políticas para mulheres de São Paulo Tainã Góis.
“No caso do assédio, é incomum esse tipo de ação por vários motivos: é difícil a mulher denunciar e é mais difícil ainda conseguir uma denúncia pública e coletiva por assédio, que junte vários casos.
Esse tipo de ação do MPT não é para uma pessoa, e sim para um problema na estrutura empresarial, por isso é raro”, avalia.
Caique Lima