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Modelo e jornalista, Lygia Fazio morre aos 40 anos após AVC

Morre Lygia Fazio

Lygia Fazio morreu aos 40 anos após AVC causado por complicações com silicone e PMMA. A modelo tinha quase 1 milhão de seguidores e foi candidata a deputada estadual no ano passado, mas não se elegeu

A jornalista, modelo e influencer Lygia Fazio morreu na quarta-feira, aos 40 anos. Há três semanas ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em função de complicações causadas pela aplicação de silicone industrial e PMMA nas nádegas.

A morte foi divulgada no Instagram da jornalista, que vinha sendo atualizado pelo irmão dela, George. “Infelizmente nossa guerreira fez a passagem. Agradecemos mais uma vez todo o apoio”, escreveu em um story.

Na sequência, ele informou sobre o velório, que ocorreu na quinta-feira (1), em Taboão da Serra (SP).

Entre 2021 e 2022 Lygia ficou internada por mais de 100 dias para retirada de cerca de 3kg do produto que havia sido implantado em suas nádegas anos antes.

O PMMA é o polimetilmetacrilato, também conhecido como metacril ou bioplastia. O conteúdo havia começado a se espalhar pelo corpo da modelo, chegando a provocar tromboses e embolia pulmonar.

“Até quando esses médicos assassinos vão colocar PPMA nas pessoas? Isso é crime. Tem que ser proibido. Descanse em paz, Lygia”, escreveu a apresentadora Flávia Noronha, lamentando a morte da colega.

Segundo a jornalista Meiri Borges, amiga de Lygia Fazio, a “bomba-relógio da vida dela” foi o uso de “silicone industrial misturado com PMMA” através de procedimentos clandestinos.

“Tudo começou porque ela colocou uma substância no corpo dela pra deixar o bumbum maior. Ela sempre queria a perfeição, sempre foi muito linda, aquela mulher que arrancava suspiro por onde passava. Uma mulher belíssima, e aqui não cabe nenhum julgamento. Ninguém tem o direito de julgar a vida de ninguém”, disse Meiri.

“Ela queria sempre estar mais bonita, se sentir melhor com o corpo dela, e pra isso ela buscou ajuda de pessoas que não eram profissionais. Por um tempo acho que os profissionais médicos realmente aplicavam substâncias que eram legalizadas e tal mas, depois de um tempo, ela queria mais e os médicos não queriam fazer. E ela foi pra procedimentos clandestinos. E foi a bomba-relógio da vida dela.”

“Esse produto, que era silicone industrial misturado com PMMA, começou a espalhar pelo corpo dela, deu infecção, uma bactéria. E por esses três anos ela tentou a cura, tentou tirar essa substância, mas não saiu por inteiro, e isso gerou muitas infecções, muitos problemas pra vida dela. Ela teve recentemente um AVC que a deixou hospitalizada”, afirmou Meiri.

Lygia, que tem mais de 940 mil seguidores no Instagram, já foi assistente de palco de Marcos Mion, no antigo programa Legendários. E trabalhou também com outros apresentadores, como Celso Portiolli.

A influenciadora também tentou carreira política. Em 2022, Lygia lançou candidatura pelo Progressistas a deputada estadual por São Paulo, mas não foi eleita. Conforme a Justiça Eleitoral, ela teve 330 votos e figurava como suplente.

RPP

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