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Ex-gerente é preso em operação que investiga esquema que desviou mais de R$ 10 milhõesBB

Operação cumpre mandados em cidades do Paraná, São Paulo, Goiás e Distrito Federal (Foto: Divulgação/Polícia Civil )

m ex-gerente do Banco do Brasil foi preso pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (17) em uma operação que investiga um esquema de fraudes que desviou mais de R$ 10 milhões da instituição bancária.

A ação foi batizada de “Sangria” e cumpre 54 mandados judiciais em cidades do Paraná, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. O homem foi preso na casa dele, em Curitiba.

De acordo com as investigações, o ex-gerente trabalhou em uma agência que fica no Centro de Curitiba e contava com a ajuda de um contador e outras pessoas. O contador também foi preso, segundo a polícia.

O grupo é suspeito de simular e criar contas com documentos falsos para a liberação de créditos e financiamentos. O dinheiro também era desviado para empresas, ainda de acordo com a polícia.

Do total de mandados, sete são de prisão temporária e outros sete são de condução coercitiva –quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Também são cumpridos cinco mandados de bloqueios de bens, 16 de bloqueios de contas bancárias e 19 de busca e apreensão.

As investigações apontam que, além do Banco do Brasil, o esquema criminoso teria lesado sócios que não tinham conhecimento dos fatos.

Os crimes investigados na ação são de peculato, falsificação de documentos públicos e particulares, expedição de duplicatas simuladas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

As investigações começaram no ano passado, após uma queixa do Banco do Brasil.

Por meio de nota, o banco informou que, “após identificar indícios de irregularidades, concluiu investigações da Auditoria Interna que resultaram na demissão por justa causa de um funcionário, em junho de 2016, e na apresentação de notícia crime à polícia”.

O Banco do Brasil também afirmou que seguirá colaborando com as investigações policiais para que todos os fatos sejam esclarecidos.

Como funcionava o esquema

O esquema contava com a participação direta do ex-gerente do banco, segundo a polícia. O contador abria contas bancárias sem o conhecimento dos donos das empresas, com documentos falsos. Esses dados eram repassados para o gerente-geral, que realizava os empréstimos financeiros e as antecipações de títulos.

Ainda segundo a Polícia Civil, o ex-gerente chegou a alterar o cadastro de empresários no sistema do banco, sem que eles soubessem, para que as transferências bancárias fossem realizadas. Esses recursos eram transferidos, posteriormente, para contas de empresas envolvidas com a quadrilha.

Adriana Justi e Dulcinéia Novaes

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