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Gestão municipal de saúde atenta contra a vida/por Carlos Lima

Para quem precisou nascer em Feira de Santana, nesse final de ano, os problemas foram imensos.

As parturientes continuam sofrendo e passando humilhações no Hospital  Municipal da Mulher – Inácia Pinto.

Além das inúmeras denúncias de péssimo atendimento e erros médicos que ocorrem diariamente naquela unidade hospitalar e, que são acobertados pelo corporativismo médico.

Denúncias de indução ao parto que prejudicam os recém-nascidos. Parturientes com o feto já morto no útero ficam sem atendimento, sob a alegação da falta de vagas, crianças nascendo na recepção entre outras irregularidades acobertadas pela direção daquele setor de saúde.

No dia 4 de maio deste ano um site da cidade presenciou e divulgou a notícia.

“A sexta-feira foi péssima: duas crianças morreram por conta da demora no atendimento obstétrico. Uma delas nasceu morta e a outra morreu logo após o parto. Os dois partos foram cesáreos”. No Hospital da Mulher.

A diretora do complexo materno infanto-juvenil da Fundação Hospitalar, a enfermeira Charline Portugal, informou que abriu uma sindicância para apurar se houve alguma negligência.

Mera retórica. Não aconteceu absolutamente nada e o resultado da sindicância não revelou a verdade, apenas o que a direção do Hospital achou conveniente divulgar e ficou por isso mesmo.

Mais um drama do péssimo atendimento foi narrado nas redes sociais e em sites do município, este ano: o caso da dona de casa Vanessa dos Santos Santana. Com 22 anos, foi ao hospital  para uma consulta médica:

“Cheguei aqui para saber o sexo do bebê e a médica disse que o coração tinha parado. Era dez da manhã quando cheguei e onze horas, fui informada que não tinha vaga. Estou com o filho morto na barriga e talvez precise fazer uma Cesária, mas não tem vaga”, disse indignada.

Como um hospital pede deixar uma mulher à própria sorte, estando ela com um filho morto no útero?

Nenhuma informação posterior a essa constatação foi divulgada nem comentada nas redes sociais sobre o desfecho dessa situação.

É evidente que o atendimento foi realizado caso contrário essa parturiente viria a óbito.

A presidente da Fundação Hospitalar, que mantém o Hospital da Mulher, Gilberte Lucas, informa constantemente que a equipe está sendo ampliada com mais obstetras e estão em construção de mais seis leitos.

No entanto o caso de falta de atendimento se avoluma, os erros são cometidos, mortes de recém-nascidos continuam ocorrendo.

As informações passadas à população são de que tudo está a mil maravilhas e o número de atendimentos aumenta diariamente.

Só não existe divulgação da estatística de mortes, erros médicos, acolhimento grosseiro, indução precipitada de nascituros e outros fatores que pesam na avaliação da qualidade do funcionamento do Hospital da Mulher.

Na realidade o que existe é o manuseio da publicidade positiva que são exacerbadas. O mesmo não acontece quando se trata de informações negativas aos olhos do povo.

A finalidade é maquiar os fatos escabrosos que ocorrem na saúde municipal.

Carlos Lima

 

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