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Nunca se acabará com a fila do INSS, diz ministro da Previdência Social à Sputnik Brasil

Ministro Carlos Lupi

Em entrevista ao podcast Jabuticaba sem Caroço, o ministro Carlos Lupi diz que solicitações de seguro e auxílio, como aposentadorias e pensões, chegam diariamente, o que torna impossível zerar a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e aponta que na gestão atual o tempo médio de espera para receber o benefício caiu de 116 para 43 dias.

O Ministério da Previdência Social é considerado o calcanhar de Aquiles do governo federal, por conta dos desafios e problemas históricos que o pagamento de seguros sociais traz.

A Previdência Social é responsável por destinar verba do governo para o pagamento de benefícios, como aposentadoria, pensão, seguro-desemprego, auxílio-doença, pensão por morte ou auxílio por acidente de trabalho, entre outros.

Antes da concessão do benefício, cada caso passa por uma perícia, o que leva tempo e é popularmente chamado de fila do INSS. Zerar a fila do INSS é um compromisso firmado — e descumprido — por muitos governos.

Em entrevista ao podcast Jabuticaba sem Caroço, da Sputnik Brasil, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, explicou por que considera impossível zerar a fila do INSS e afirma que o foco deve estar em reduzir o tempo de espera, que ele estabeleceu como meta 30 dias.

Lupi lembra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recriou o Ministério da Previdência em janeiro de 2023. Criada em 1974, a pasta foi fundida ao Ministério do Trabalho em 2015, durante a reforma ministerial promovida pela então presidente Dilma Rousseff, criando o Ministério do Trabalho e Previdência Social.

“Quando assumimos a Previdência, em 1º de janeiro de 2023, nós tínhamos um estoque parado [de] 2 milhões e 400 mil solicitações de benefícios da Previdência. A Previdência não trabalha só com aposentadoria e pensão. Metade dos benefícios da Previdência vem de auxílio-saúde, de BPC [Benefício de Prestação Continuada], de auxílio-doença, de gravidez, de licença-maternidade. E o menor percentual é de aposentadorias e pensões”, afirma Lupi.

Melissa Rocha

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