É certa a realização de segundo turno nas eleições em Feira de Santana. Faltando pouco mais de 30 dias as pesquisas consolidam essa possibilidade.
Os eleitores levarão os nomes de Zé Neto e Colbert Martins a um novo confronto eleitoral.
Entretanto o número de eleitores que apoiam uma mudança política/administrativa no município tem apresentado um crescimento que pode ser definidor.
O momento nos faz lembrar a campanha de Paulo Souto, à reeleição, quando as pesquisas apontavam uma vitória em primeiro turno, e aconteceu o inverso, como hoje acredita o grupo de Colbert Filho por causa do apoio recebido do ex-prefeito José Ronaldo.
O grupo ronaldista e o próprio prefeito possuem fortes laços com o bolsonarismo, além acumularem denúncias de corrupção, em alguns casos, já respondendo na justiça processos oriundos de Operações da Polícia Federal.
Rejeição.
Colbert é possui o segundo maior índice de rejeição (54%). Nesse quesito o candidato Zé Neto é segundo colocado.
Nessa reta final o que poderá contribuir para uma definição será a propaganda eleitoral e o desempenho individual de ambos.
Um simples deslize causará estragos irreparáveis, o foco deve ser mantido nas mudanças e nas fragilidades eleitorais. Esses são pontos vitais dos dois candidatos.
A administração pública em Feira de Santana está “saturada e pesada, depois de 20 anos comandada por um único grupo político”.
O esquema adotado pelo grupo não era de criar o desenvolvimento social na criação de condições para o emprego, era o “não emprego para”.
Para aqueles que não adotavam a subserviência.
O exemplo maior está nos cargos de confiança em todos os escalões. Em 20 anos as mudanças foram mínimas. E quando ocorriam era por conta das mudanças eleitorais no Legislativo.
Completa-se 20 anos de uma administração “feijão com arroz”.
Nesses momentos que antecedem as eleições se vê a varrição das ruas; as obras se aceleram; tentam enganar o eleitorado pavimentando as artérias mais movimentadas; depois de quase seis anos o BRT funciona parcialmente e de forma experimental, totalmente em desacordo com o contrato estabelecido.
É o ouro de tolo sendo distribuído como se fosse riqueza, para encobrir 20 anos perdidos no processo evolutivo social e econômico do município.
O BRT e a conivência com o desvio de mais de 100 milhões de reais no sistema de saúde do município, são dois dos equívocos mais graves dessa administração.
Na verdade o BRT se tornou obsoleto antes mesmo de funcionar, foi um projeto infeliz, vergonhoso e eivado de suspeitas no financiamento e na aplicação dos recursos.
Portanto, o desejo de mudança é mais do que justificável. É urgente.
Carlos Lima