Precisamos ter certeza de que a imaginação é o retiro íntimo de nossa personalidade, e através dela conseguimos realizar muitos dos nossos sonhos e desejos.
Imaginando, concentrando, refletindo, interpretando, analisando probabilidades, é nesses aplicativos é que as pessoas podem ser consideradas gênios da humanidade. Conseguem escrever e fazer suas criações se tornarem obras imortais.
Entretanto, imaginando ou inventando, se faz o bem, como se faz o mau. Essa faca tem dois gumes, qual deles pode ser afiado?
Em pesquisas religiosas soube que para santificar-se, Santo Antônio fugiu do mundo. Abandonou tudo. Enclausurou-se numa caverna buscando a piedade.
Nessa reclusão descobriu que todas as tentações e luxurias do mundo estavam tentando seduzi-lo, mesmo afastado do convívio humano.
Precisava se livrar daquelas imagens vivas em sua mente.
Então exclamou bem alto:
“Ah! Esqueci de deixar lá fora uma coisa, a minha imaginação!”.
Todos nós devemos guardar nossa imaginação e sobrecarregá-la com o ‘Bem’, caso contrário, podemos ser conduzidos ao precipício sem fim.
No mundo em que vivemos os cantos são muitos e as sereias ainda existem, são ninfas cheias de seduções e ilusões.
Precisamos de excessiva cautela para com a nossa imaginação, jamais esquecer o que disse o Salmista:
“A mente desocupada abre caminho para Santanás”.
Carlos Lima – 26.12.2013