Alguma coisa acontece entre o presidente Jair Bolsonaro e os líderes evangélicos.
Tem sido movimentado nos últimos tempos o entra e sai de deputados-pastores no principal gabinete do Palácio do Planalto: foram nada menos que seis visitas desde novembro. Só ministros e funcionários do governo tiveram mais encontros com o presidente.
No dia 30 de novembro, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), vice-líder do governo no Congresso Nacional e presidente da poderosa Frente Parlamentar Evangélica, levou uma comitiva de “lideranças evangélicas nacionais” para falar com Bolsonaro.
O mesmo Cezinha voltaria em 9 de dezembro, acompanhado do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), que presidiu a Frente Parlamentar até 2020.
Silas voltou a encontrar Bolsonaro, mas sozinho, no dia 13 de janeiro. Tanto Cezinha quanto Silas são pastores da igreja Assembleia de Deus.
O apóstolo Cesar Augusto, presidente da Igreja Apostólica Fonte da Vida, que não é parlamentar, visitou Bolsonaro no dia 1º de dezembro. Em 13 de janeiro, foi a vez do deputado Davi Soares (DEM-SP), filho do apóstolo R.R. Soares, o chefe da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Segundo as últimas pesquisas, Bolsonaro vem perdendo votos entre os evangélicos para Lula, mas ele sempre teve o apoio firme das lideranças, que ficaram satisfeitas com a indicação do presbiteriano André Mendonça para ministro do Supremo.
O que tem agitado os políticos evangélicos nos últimos dias é a disputa travada entre o bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira, e o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
O primeiro quer manter Cezinha como presidente da Frente Parlamentar – o segundo quer que Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) seja o novo líder.
Bolsonaro não se manifestou nesse sentido deoracha dos evangélicos é dado como certo.