Se tivéssemos de escolher uma frase para simbolizar a política trabalhista deste governo, é possível que a melhor fosse aquela que tantas vezes já ouvimos de pessoas desesperadas:
“aceito qualquer coisa”.
Claro que, como reação de uma ou de um chefe de família, isso é prova do desejo de proteger os seus e um ato de coragem pessoal de quem precisa abrir mão de quase tudo para levar comida para casa.
Mas tornou-se – e com a cobertura da pandemia ~ a justificar tudo, em uma política de Estado, bem refletida na frase bolsonariana de que “é melhor um emprego sem direito que direitos sem emprego”.
Não é frase de um estadista, e sim, de destambrelhado, panaca.
Os números que o IBGE divulga hoje sobre o emprego – com uma elevação pífia, que nos deixa ainda com 12,4 milhões de brasileiros desocupados, bem mais que a população da Bolívia, com seus 12 milhões de habitantes.
Este é o resultado do processo econõmico de Bolsonaro de Paulo Guedes. Entretanto a situação financeira e econômica deles, transborda nas águas dos paraísos fiscais.
O desemprego caiu meio por cento; a renda do trabalho despencou 4,5% sobre o trimestre anterior e 11,4% sobre um ano atrás.
O presidente tem resposta para solucionar. “E daí? Quer que eu faça o quê? “.
Trabalha-se mais e ganha-se muito menos, é o pior resultado para a renda do trabalhador desde que começou a ser medida, em 2012.
Tudo temperado a uma inflação que devora o salário a mais de um 1% ao mês.
Do crescimento de 3,2 milhões de trabalhadores no número de pessoas ocupadas, 43% vieram do trabalho informal“, diz Adriana Berenguy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
É assim que teremos “recuperação” econômica?
Com camelô, venda de quentinhas na calçada e de balas no sinal de trânsito?
Esse presidente é io maior criminoso que o país já teve. São comentários generalizados da maioria da população do país.
Fernando Brito – Edição cljornal