A manipulação e redução do discurso têm sido uma prática muito comum utilizada entre os políticos. e em parte pela imprensa. Como poderemos verificar no caso específico da manipulação da informação utilizada pela imprensa tupiniquim, da província de Feira de Santana.
Está circulando pela cidade a notícia de que casos da Covid-19 têm se agravado com o passar dos dias. Em decorrência da não aprovação da Lei do Orçamento 2022, que depende da Câmara de vereadores, o que impede o município de ampliar a oferta de leitos para tratar casos graves da doença.
Há duas impropriedades neste enunciado: a primeira, quem não se recorda. Em passado bem recente, o prefeito de direito e não de fato Colbert Filho (MDB), jactava-se do fato dos números de infectados e mortos no município eram inferiores a de outras localidades.
Passando a impressão que a questão é só numérica. Quando todos nós sabemos que toda vida importa e não pode ter como parâmetro uma questão meramente de ordem matemática.
E lembre-se que na época não estava em pauta o impasse da aprovação da LDO.
A segunda questão é quanto a alegação de querer atribuir ou associar o aumento vertiginoso do Covid-19 a questão da não aprovação da Lei Orçamento de 2022.
Claro que não podemos deixar de reconhecer que o problema impacta diretamente a administração do atual alcaide, considerada caótica, faz tempo.
“Não teria condições. Primeiro que não temos orçamento, isto é um investimento novo e não temos condições para iniciar este processo.
Segundo, teríamos que recorrer à iniciativa privada, requisitando alguns leitos, mas não temos orçamento para fazer”, explica o secretário de Saúde Marcelo Britto.
A bem da verdade, o que existe além do atual problema é que o governo municipal, como sempre, busca eleger bodes expiatórios na tentativa de escamotear a verdade.
Em uma vã tentativa de justificar a sua comprovada ineficiência em gerenciar uma cidade do porte de Feira de Santana. O desmando existente já se tornou endêmico e perdura por mais de duas décadas.
O prefeito faria um favor a si mesmo, e muito mais relevante para toda a coletividade se pegasse o seu boné e se demitisse do cargo. Ele já deu inúmeras demonstrações práticas de não ser afeito para exercer a função, em que se encontra exercendo.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)