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O vereador Reinaldo Miranda (Ronny) deixa a sutileza e desafia o prefeito José Ronaldo

Prefeito José Ronaldo e o vereador Ronny

O pronunciamento do presidente do Poder Legislativo de Feira de Santana, na sessão ordinária n de terça feira(18), na tribuna da Casa, foi praticamente um rompimento político com a base de apoio e com o prefeito José Ronaldo de Carvalho.

A mais de trinta dias vem ocorrendo uma certa insatisfação de alguns vereadores da base do governo municipal com alguns secretários. Essa insatisfação foi colocada em plenário pelos vereadores Tom e Bililiu.

Supreendentemente, na manhã de terça feira, o vereador Reinaldo Miranda (Ronny), fez uma defesa dos vereadores em questão, e tomou para si o estado de insatisfação.

Não foi sutil. Foi direto. Implacável com secretários, chefes de gabinetes e diretores das secretarias, chegando a nominar três secretários: Maurício Carvalho, Sérgio Carneiro e Jaíana Ribeiro, acusando-os de não receberem nem telefonemas dos representantes do povo.

Denunciou também o péssimo atendimento que os vereadores recebem nas secretarias desses secretários. Inclusive pelos seus subordinados.

Desafiou que fizessem uma ligação naquele momento para um desses secretários. Eles não atendem. “Façam uma ligação agora e comprovem o eu estou dizendo”, afirmou Rionny.

No seu forte e talvez decisivo pronunciamento Ronny disse com todas aas letras que secretário não é autoridade, dorme secretário e acorda desempregado. Autoridade é vereador que foi eleito para um mandato de quatro anos.

“Os secretários só procuram os vereadores para atender os seus interesses. “Chegam dizendo: “Meu grande amigo, paute o projeto, estamos agoniados. Etc… etc… denunciou.

“Quando é para atender o vereador é uma humilhação, passa por mais de dois secretários (as) do secretário e depois fica quase uma hora esperando ser atendido,” disse o presidente Ronny.

Nas inaugurações não registra a presença do vereador.

Ronny recordou os comentários sobre o convite qur recebeu do governador para um jantar, a especulação era de que ele estava  negociando sua ida para a oposição.

Em relação aos comentários, Ronny informou que é livre para fazer o que quiser. Não precisa e não depende de consultar ninguém para tomar suas decisões.

Afirmou decisivamente, que está sim, conversando politicamente e tudo pode acontecer.

“Se quiser sair da base do governo de José Ronaldo será uma decisão dele, ninguém vai impedir.“

“Se quiser pedir para sair é problema dele.”

“Se quiserem mandar ele embora, tudo bem. Ou melhor, se não me quiserem podem me pedir para sair que não haverá dificuldades.”

Essa última frase do presidente do Legislativo feirense foi um desafio claro ao prefeito José Ronaldo.

O fato pode ser encarado como o maior desafio político ocorrido na base do governo de José Ronaldo.

Ronny deixou claro que não é liderado do prefeito, tem sua independência, tem o seu grupo e daqui por diante os secretários serão tratados a migalhas de pão e água barrenta.

Muito bem. A partir de agora como o executivo será tratado?

E os cargos, as Unidade de Saúde que estão nas mãos de vereadores?

E os cargos na administração do governo municipal cedidos a vereadores?

Será que tudo não é mais um balão de ensaio, ou tudo não passou de uma tentativa não muito inteligente de confronto precipitado.

Ou será que o vereador Ronny já descobriu que não terá o apoio de José Ronaldo em sua provável candidatura a prefeito de Feira de Santana?

Será que não foi um “surto” de grandeza desproporcional à realidade?

CL

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