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Temer quer manter DEM como aliado

Temer quer manter DEM como aliado e pode oferecer Ministério da Educação a deputado do partido

Depois de dar posse nesta segunda-feira (2) aos novos ministros do PP e PR, o presidente Michel Temer vai acelerar as negociações com os demais partidos e quer manter o DEM como seu aliado. Dentro dessa estratégia, pode indicar para o Ministério da Educação um deputado do partido.
Na noite de domingo (1º), durante reunião com sua equipe, Temer citou o nome do deputado Carlos Melles (DEM-MG), ligado ao setor de educação, como uma das possibilidades para suceder Mendonça Filho, que vai deixar a pasta para disputar a eleição de outubro.
O DEM está num processo de distanciamento do governo Temer desde que lançou a pré-candidatura de Rodrigo Maia à Presidência da República. Mesmo assim, o partido vinha conversando com o presidente sobre a sucessão no Ministério da Educação.
Um nome visto com bons olhos pelo Palácio do Planalto era a efetivação da secretária-executiva da Educação, Maria Helena Guimarães, ao posto de ministra. Deputados do DEM, porém, preferiam alguém mais ligado à bancada. Agora, Temer volta a discutir essa possibilidade na busca de agradar o partido de Rodrigo Maia.
A posição de presidente da Câmara dos Deputados, ocupada por Maia, é estratégica para o governo, principalmente caso seja apresentada uma terceira denúncia contra Temer pela Procuradoria-Geral da República. O Palácio do Planalto passou a considerar essa possibilidade depois da prisão de amigos do presidente na Operação Skala.
Temer também vai negociar com outros aliados, como PTB e PSD, nomes para ocupar posições na Esplanada dos Ministérios. Essas duas legendas estão em negociações com o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, à Presidência da República.
Desde a Operação Skala, o objetivo da reforma ministerial mudou de foco. Se antes Temer queria exigir dos aliados apoio a seu projeto de se candidatar à reeleição, agora ele busca evitar uma debandada dos aliados diante de seu novo enfraquecimento político. O que é vital para voltar a aprovar projetos de seu interesse e evitar a aprovação de uma eventual terceira denúncia no Legislativo.

Valdo Cruz

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