Fabrício Queiroz, amigo de Jair Bolsonaro e assessor de seu filho Flávio, coletava, como já se suspeitava, o “pedágio” pago pelos funcionários do gabinete em sua conta pessoal.
A evidência foi trazida à tona por Fernando Molica, na Veja e ampliada pelo Jornal Nacional, que cruzou as datas dos depósitos na conta de Fabrício com as datas de pagamento da Assembléia Legislativa.
O Jornal Nacional fez o cruzamento das datas dos depósitos feitos em dinheiro nas contas do ex-assessor com os dias de pagamento dos salários da Alerj entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 e encontrou uma coincidência:
em praticamente todos os meses a maior parte do dinheiro entra na conta de Fabrício no mesmo dia ou poucos dias depois de os servidores receberem o salário.
No mesmo dia ou no dia seguinte, vapt-vupt, Fabrício sacava os valores em dinheiro vivo e o destinava a…vocês imaginam, tá ok?
Picaretagem da grossa, embora não rara entre parlamentares extorsionistas.
Em defesa de Fabrício diga-se que ele era, provavelmente, também vítima da extorsão:
afinal, não é crível que alguém que ganhasse, na PM e no gabinete, R$ 23 mil por mês estivesse morando na casa precária que hoje se descobriu.
A Wal do Açaí virou refresco…
Será que Sérgio Moro considera os indícios de que a família se nutria da extorsão a funcionários “consistente”?
O que o Ministério Público e a Polícia Federal vão fazer?
Essa corrupção levou os Bolsonaros ao enriquecimento ilícito além da prática de extorsão de dinheiro dos seus funcionários e assessores.
Sérgio Moro vai continuar no silêncio, ou está aguardando o pedido de desculpas e perdão, que a gora é nova lei de absolvição.
Fernando Brito