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O mico do Mico Leão Dourado/ Por Sérgio Jones

O MICO DA FLORESTA ATLÂNTICA, AGORA ESTÁ NA AMAZÔNIA

Não sei dizer, ou até mesmo afirmar, se as gafes e os erros primários. Em que costumeiramente acontecem no desgoverno de Bolsonaro é só por uma questão de incompetência de sua equipe de terraplanistas.

Às vezes chego a acreditar que em algumas situações são motivadas de forma proposital a exemplo do que ocorreu recentemente em que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, comparou o clima do Norte e Nordeste brasileiro com invernos da Europa e do hemisfério Norte.

A gafe mais recente e que vem ganhando espaço na mídia brasileira e já se tornou chacota internacional é o caso do Mico Leão Dourado que é típico da Mata Atlântica, apareceu em um vídeo compartilhado pelo ministro do meio-ambiente Ricardo Salles, contestando as queimadas na Amazônia como se o mesmo pertencesse a fauna local.

Entidade responsável, ou seria irresponsável, que assina o vídeo contestando as queimadas na Amazônia com imagens de um mico-leão-dourado, a entidade ruralista Acripará (Associação de Criadores do Pará) admitiu que cometeu um erro crasso.

Eles deveriam admitir também que mentem descaradamente sobre o assunto. Gerando fake, o que pode e deve ser considerado crime. Como é a presença dessa corja em território amazônico.

Procurando livrar a cara do patético ministro Eduardo Salles o presidente da associação, Maurício Fraga Filho, foi rápido no gatilho ao admitir que houve confusão no uso de um animal que vive exclusivamente na Mata Atlântica para tratar sobre o tema.

E que o vídeo produzido, e indevidamente veiculado por eles, não foi sugerido pelo então ministro.

A patuscada cometida pela “competente” equipe de profissionais do setor gerou polêmica depois que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, compartilhou em seu Twitter com a seguinte legenda: “Recebi este vídeo, ‘Amazônia não está queimando’”. Como professa um antigo adágio popular: Mentiras têm pernas curtas.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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