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Trabalho Maçônico: Um pensamento sobre moral

Moralidade é algo que a maioria das pessoas já conhece antes mesmo de entrar na universidade.

Todas as civilizações e povos possuem seus códigos morais e as pessoas ao atingirem a fase adulta conhecem as regras ou as práticas que compõem o código moral.

Uma coisa é certa e inquestionável, os pais, as autoridades religiosas, os líderes, as regras e códigos que disciplinam o comportamento da sociedade são os responsáveis pelo ensino da moralidade e a conseqüente moral coletiva e individual.

No entanto podemos sentir que algumas pessoas não vêem o porquê da moralidade, mas duvido que tais pessoas ouvissem os filósofos ou autores, se elas não estão propensas a ouvir autoridades morais mais familiares.

A moralidade não é como uma coleção de regras, ela é como um conjunto de diretivas que devemos utilizar e aplicar conforme as circunstâncias complexas de nossas vidas.

Nos tempos atuais, dada a grande discordância a respeito das questões morais, devemos justificar nossas crenças e nossas ações com relação aos outros, fornecendo razões inteligentes e coerentes para a nossa conduta.

No entanto, independentemente de quanto esteja completa a nossa descrição da conduta moral, não podemos, jamais, descobrir por intermédio de uma investigação descritiva quais as ações morais que devemos pôr em prática.

Além do mais, as nossas diversas considerações morais quase sempre entram em conflito e para que possamos tomar boas decisões não será suficiente o simples conhecimento das regras que deveríamos seguir.

Na verdade, precisamos saber como adaptar tais regras às nossas circunstâncias e, para fazer isso de forma eficiente, devemos saber por que certas normas morais são justificadas. Isto é uma questão filosófica.

Uma das principais tarefas da filosofia moral é a do esclarecimento, pois qualquer que sejam os detalhes de nossa história moral, ela emergirá a partir de nossa compreensão das capacidades que tornam uma pessoa um agente moral, da natureza do raciocínio moral, do objetivo da felicidade, da natureza da obrigação, e dos elementos de caráter que fazem com que uma pessoa seja uma boa pessoa.

É preciso lembrar que o fato de que aprendemos nossas crenças morais nos primórdios de nossas vidas é uma boa coisa, porque isto nos possibilita crescer como seres sociais, por outro lado encaramos também o seu lado negativo, porque, também, frenquentemente, tomamos como pressupostos os conceitos morais que aprendemos e não conseguimos ver como alguns fatores, em nosso mundo social, podem distorcer ou corromper nossa estrutura moral.

Embora nossos conceitos éticos pareçam óbvios e familiares para nós, nossas limitações nos estimulam a utilizá-los inadequadamente, ou seja, uma fraqueza de vontade, auto-enaltecimento e simples ignorância esconde a deformação.

Na verdade existem muitos obstáculos para fazer com que a filosofia moral decole. Um desses obstáculos é a crença de que a moralidade é inteiramente subjetiva e que qualquer abordagem do que é certo ou errado é uma questão de preferência pessoal.

Outro obstáculo para a filosofia moral é uma dependência excessiva na religião como fonte de moralidade.

O vínculo, o cordão umbilical da filosofia moral com a religião, se justifica com o argumento, de que a religião tem sido através de grande parte da história da humanidade, o veículo primário pelo qual as culturas transmitem crenças morais. 

A partir desse texto, podemos abrir discussões sobre a compreensão de cada um dos irmãos sobre moral e filosofia. Eu diria que este seria um ponto de partida. E os irmãos poderiam desenvolver outros trabalhos e até mesmo pesquisas que possam realizar, introduzindo nelas o próprio pensamento.

Não temos a obrigação de pensar como os grandes filósofos, mesmo porque, não vivemos no tempo deles, e nem filósofos somos. 

Contestar, conceituar, interpretar, faz parte do livre arbítrio. O entendimento pode não ser o mesmo, mas o caminho escolhido não pode ser um ato de imposição.   

 

Fonte: Carlos Lima + David Hume, Jeremy Bentham, Kant, Heidegger, Peter Singer e outros

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