A saga política das eleições em Feira de Santana se apresenta repetitiva diante da possibilidade de continuar sendo monopolizada por dois candidatos.
No momento existem dois pré-candidatos que podem manter essa tradição, (de várias décadas) são eles, O deputado Federal Zé Neto (PT) e o ex-prefeito e ex-candidato ao governo do Estado, José Ronaldo (União Brasil).
Um terceiro nome busca um espaço na corrida para o executivo feirense, pela primeira vez. Alguns analistas políticos, nativos, se aventuram a pré-definir que o deputado Estadual Pablo Roberto (PSDB) possui densidade eleitoral suficiente para quebrar a polarização política no município.
Não resta dúvida que todos podem lutar por espaço na sombra. mais dizer que no momento, um ramo de Ingá-banana faz mais sombra que o Oiti é uma grande diferença.
No entanto tudo é previsível na política eleitoral, quando se defende os próprios interesses a razão muda de perfil, as pessoas os moldam conforme seus desejos, a visão vira cifrão e atropela a lógica.
Para quem proclamava a morte política de José Ronaldo, que até pouco tempo não tinha dois partidos propensos a apoiarem sua candidatura a prefeito, na ultima terça-feira (16), lançou sua pré-candidatura ao executivo com apoio de 10 partidos políticos. Subestimar a liderança política de Ronaldo em Feira de Santana pode ser um erro fatal.
José Ronaldo exerceu quatro mandatos de prefeito sempre eleito no primeiro turno, 2001 a 2008 e 2013 a 2018. Comprovando ser uma liderança política incontestável. Mesmo assim, dizer que é imbatível, pode ser apenas um desejo pessoal. Entretanto não é qualquer um que possa fazê-lo.
Hoje, em Feira de Santana, só um político se apresenta com excelentes possibilidades de imprimir uma derrota a Ronaldo, é o deputado federal Zé Neto, com influência política daqueles que comandam o estado e o país.
José Ronaldo, até aqui, não modificou as características eleitoral de suas campanhas, sem muito alarde, gasta a sola do sapato, faz suas visitas e caminhadas em todo o município, quer seja na zona urbana ou rural.
É bem verdade que nos quase seis anos sem mandato, teve a imagem bastante desgastada pela renúncia a prefeitura para viabilizar candidatura ao governo do estado, sem qualquer possibilidade de vitória. Ninguém sabe o que motivou essa decisão, além de ser investigado e denunciado em algumas operações da PF, sem contar que o seu pupilo, ex-vice e atual prefeito vem realizando um dos piores governo que já passaram pelo município, tanto é verdade, sendo também conhecido como mequetrefe. A maioria dos feirenses assim o identifica.
Ronaldo é um lobo velho, mais sempre um lobo. Seus adversários políticos não podem descuidar ou dar um passo fora da trilha, com certeza ele vai canalizar dividendos eleitoral.
Competindo com José Ronaldo não pode dizer já ganhei, ele luta com todas as armas até o fechamento da última urna e a contagem do último voto.
Em relação ao deputado Plabo, é um político que pode ser promissor, mas afirmar que ele possui densidade eleitoral para competir com Ronaldo e Zé Neto no cenário atual, é matar o peru depois do natal.
A depender do seu jogo político nessas eleições, pode ser um nome forte para as próximas. A situação que indica a caminhada provavelmente exitosa ao Paço municipal, seria a vice. Nas avaliações acredita-se que exista uma possibilidade real dele ser o fiel da balança. É motivo de reflexão.
Mesmo porque, nenhuma pesquisa já realizada é confiável para definir as estratégias que podem ser adotadas pelos candidatos que pela vontade popular lideram essa corrida. Elas estão no campo das especulações econômicas, são os interesses das empresas colocados na vitrine.
As pesquisas que podem de alguma forma refletir a vontade popular, diante da realidade eleitoral, devem ser as realizadas a partir do início do mês de agosto. Entretanto não será empecilho para pesquisas de avaliação possam ser realizadas, elas contribuem para as estratégias da campanha, devem ser sempre com total imparcialidade, o resultado apontará como pode ser realizado um marketing mais eficiente.
A prospecção de direita e esquerda, está se diluindo, o que existe é uma extrema direita que perde espaço pelo seu fascismo reduzindo a prática democrática de um país, geralmente o tornado subserviente, destruindo sua soberania para recolonizá-lo pela através do poder bélico e econômico.
Tem mais.
Carlos Lima -cljornal
