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O muro da fronteira entre Sul e Nordeste pelo fascismo

Brasil de muitos muros

O proposta de colocar Sul e Sudeste contra Norte e Nordeste é a proposta dos fascistas, além de uma manifestação separatista e abjeta, já imaginando que serão novamente decisivos numa próxima eleição. Vale lembrar que a região Sul, que deu mais votos para Bolsonaro, é constantemente banhada com ondas separatistas de tempos em tempos.

“O sul é o meu país!” dizem os mais ligados à extrema direita. Um sentimento de superioridade, causada por uma migração europeia antissemita, acostumada a essas relações conflituosas que até os dias de hoje não se resolvem e estão levando fascistas a chegarem ao poder ou perto dele ao redor do mundo.

Dizem que carregam o PIB do Brasil nas costas, sendo que o último relatório do IBGE mostra até uma variação negativa.

O fascismo tenta usar o argumento econômico para justificar discursos de ódio. O Nordeste deu vitória a Lula, mesmo tentando impedir com aval da Polícia Rodoviária através do Ministro Anderson Torres.

Tentaram armar golpe desde dezembro para impedir os votos do Nordeste. Agora, precisam tramar um ódio ao Nordeste, mesmo sendo um crime contra a Federação na Constituição, tramar contra os Estados do Brasil.

“Deus, Pátria e Família” era o lema do integralismo, movimento de inspiração fascista por Plínio Salgado em 1932, tinha a intolerância como princípio.

Em grande parte, os discursos integralistas contra o capital, a urbanização  e o comunismo, encontraram  na elaboração de um Estado autoritário, junto a uma doutrina nacionalista, pregando a exclusão e a intolerância, em nome do nacionalismo e da homegeneização étnico-racial e cultural do povo brasileiro, encontrou ressonância entre muitas pessoas.

Bolsonaro representa esse movimento fascista que retorna em momentos de crise, mas sendo chucro, teve mais aberrações criadas. Tarcísio e Zema representam uma extrema direita mais articulada e mais perigosa, com mais sintonia.

No livro Tambores à distancia, o escritor Joe Mulhall se infiltrou na Ku Klux Klan, marchou com neonazistas, esteve a frente de um grupo supremacista branco, estudou Trump, Bolsonaro, Modi, o Brexit e a expansão do Estado Islâmico.

Nos dias de hoje, a extrema direita adota a mentira como modus operandi, escamoteia as reais intenções e se utilizam da internet para disseminar ódio e engajar militantes ou um pensamento fascista. O que Zema faz é consolidar um racismo incrustado na população, através de uma fala preconceituosa, mas proposital.

Afinal, com essa fala, o nome de Zema foi falado no Brasil inteiro, não importando para ele se bem ou mal. O mesmo aconteceu com Eduardo Bolsonaro que postou o mapa do Brasil com regiões erradas.

A sua grande assessoria poderia ter avisado ou trocado o mapa, mas fazendo isso, nos dispusemos a falar dele. E o nome fica perpétuo na boca do povo.

Lembrando que Zema, Bolsonarista, deu uma entrevista a uma rádio de Divinópolis, interior de Minas Gerais, e foi ofertado a ele um livro da Adélia Prado, a maior poetiza brasileira, orgulho da cidade, e ele desfez o presente perguntando se ela trabalhava na rádio.

Um tecnocrata chucro, mas mais perigoso que Bolsonaro, pois coloca frases de Mussolini e quando fala em separatismo, não é uma novidade. Já havia falado tempos atrás que o Sul e Sudeste trabalham e o Nordeste era beneficiado pelo auxílio emergencial.

Os novos rostos que querem pegar carona da onda Bolsonarista, Zema, Tarcísio, Eduardo Leite e Cláudio Castro, vão trabalhar até a próxima eleição presidencial promovendo problemas em seus Estados para ganhar likes e serem comentados até com o viés extremista, porque logo depois vão desmentir e abafar o caso.

Movimentos separatistas existem desde Amador Bueno, rei de uma província de São Paulo independente, no Brasil Colônia. Mas constantemente vemos movimentos no Sul do Brasil e São Paulo, que ironicamente é o maior Estado Nordestino fora do Nordeste.

O momento é de união e nunca de divisão.  Deixar que a frase “Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente”, fique apenas em um dos versos do repentista Ivanildo Vilanova e do poeta Bráulio Tavares.

André Barroso

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