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Roger Waters foi ameaçado de prisão por aderir ao #EleNão.

Foto: Reprodução

 No documentário sobre a turnê “Us + Them”, que estreia nos cinemas nesta quinta (3), o músico britânico Roger Waters, ex-integrante do Pink Floyd, diz que durante a passagem pelo Brasil, em outubro de 2018, ficou preocupado com a possibilidade de ser preso.

“O chefe de polícia local disse que me levaria para a cadeia caso eu fizesse algum tipo de manifestação após as 22h ( horário legal do fim de campanhas políticas ). ‘É uma promessa’, ele disse. Perguntei: ‘E antes das 22h?'”, ironizou Waters. Naquele dia, durante o seu show em Curitiba, Waters encampou o slogan #Elenão, contra o então candidato Jair Bolsonaro.

Waters tinha se encontrado com Mônica Benício, viúva da vereadora Marille Franco (PSOL-RJ), assassinada, junto com seu motorista, em março daquele ano. “Ela me disse que havia regras muito restritas sobre o que poderíamos ou não fazer no palco. Eu me vi em uma situação de perigo”, relatou o músico.

Ele conta de diante da ameaça, decidiu ser cauteloso, mas manteve os planos. “O show funciona como uma máquina. Começávamos a apresentação sempre às 20h20 em ponto. Então sabíamos exatamente qual seria a música de dez minutos antes das 22h. Eu disse à banda: vamos parar de tocar alguns minutos antes do horário limite, exibir a mensagem de protesto por um minuto e recomeçar exatamente de onde paramos. Ensaiamos uma vez. No horário combinado, exibimos o “#Elenão” no telão. Voltamos ao show uns 15 segundos antes das 22h. Seguimos a lei”, disse ele.

Brasil 247

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