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Bolsonaro na falta de apoio popular alega contar com Forças Armadas/ Por Sérgio Jones*

Exército

O simulacro de presidente Jair Bolsonaro continua vomitando os seus humores fétidos durante entrevistas concedidas à imprensa brasileira ao afirmar que as Forças Armadas não aceitarão “um julgamento político para destituir um presidente democraticamente eleito”. Quanta ironia, deboche e desrespeito contra o povo brasileiro.

Durante uma das suas falas rosnou textualmente a seguinte pérola: “Nós, militares das Forças Armadas, e eu também sou militar, somos os verdadeiros responsáveis pela democracia em nosso país”. Onde fica e se encaixa o povo em todo esse contexto de bizarrice?

Na sequência sentenciou que, eles militares, jamais cumprirão ordens absurdas e jamais aceitarão um julgamento político para destituir um presidente democraticamente eleito”.

Pergunta que não quer calar, ele foi eleito pelas forças armadas? O Povo que o colocou no cargo de forma inadvertida e irresponsável encontra-se em seu legítimo direito ao tentar corrigir o erro, destituindo-o do poder, ou não?

A declaração do incauto mandatário não passa de bravatas e de insanidade desse doente mental e de toda a caterva que o acompanha. Por isso mesmo, que a declaração foi assinada também pelo vice-presidente Hamilton Mourão e pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

O mandatário enfrenta vários inquéritos que investigam a possível tentativa de interferência na Polícia Federal. Além de ser acusado de chefiar uma corja de milicianos. Também se depara com dezenas de pedidos de impeachment, que ele cinicamente diz se tratar de julgamento político-jurídico, contra a sua ‘impoluta’ pessoa.

Como muito bem descreveu Maquiavel, todo o Estado é fundamentalmente, constituído por uma correlação de forças, fundada na dicotomia que se estabelece entre o desejo de domínio e opressão, por parte dos grandes ou poderosos, e do desejo de liberdade, por parte do povo, que, em síntese, compõe as relações sociais. Nunca essa análise foi tão verdadeira como atual, na realidade brasileira.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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