No Brasil de fato o que existe de concreto é o desmando, a esbórnia toda ela tocada pelo beneplácito de uma elite decadente e parasita, que comanda essa infeliz nação dos trópicos.
Renitentes a mudanças, tal comportamento têm contribuídos, ao longo de mais de cinco séculos, para a permanência de práticas deletérias que vitimizam especial, a maior parcela do povo brasileiro.
Forte reflexo pode ser constatado através de um modelo de justiça que na prática, o que existe de real nessa área é apenas o nome. Como disse Ruy Barbosa “Justiça tardia nada mais é do que injustiça institucionalizada”.
O pedido feito à Justiça Eleitoral para que o mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR-Foto) seja cassado, o PL usa o exemplo da ex-senadora pelo Mato Grosso Selma Arruda, afastada do cargo em 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para acusar Moro de ter cometido abuso do poder econômico e uso de caixa dois na campanha eleitoral.
Embora os atos delituosos do famigerado Sérgio Moro sejam semelhantes, o advogado dele, Gustavo Guedes que defendeu Selma. A escolha é o que podemos considerar como apenas mera coincidência?
Garante que ambas as situações, nada tem de semelhante e por isso mesmo são diferentes.
O problema deve se arrastar por um longo tempo e quando houver decisão, por parte ao que se convencionou a chamar de justiça, provavelmente o Moro já terá concluído o seu nada honroso mandato.
Se utilizando de argumentos pouco ou nada convincentes, o que busca o profissional da lei? Com certeza não é fazer justiça. Diante desses e muitos outros artifícios utilizados para se justificar o injustificável.
O que existe de real, em toda essa nossa triste realidade social, é que as instituições brasileiras continuarão o seu lento e inexorável processo de desmonte. Se afundando cada vez mais, no próprio lodo da história.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
