Tempo - Tutiempo.net

Crescimento de Bolsonaro nas pesquisas é passageiro como chuva de verão/ Sérgio Jones

Quem estava ou está apostando todas as fichas na ascensão meteórica do ensandecido e alucinado presidente miliciano, Jair Bolsonaro, com o pífio crescimento de popularidade nas pesquisas atuais, pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Conforme pondera, com muita sensatez, o Cientista Político Cesár Zucco durante entrevista concedida ao Instituto Humanitas Unisinos, o benefício concedido a milhões de brasileiros ajuda a explicar, em parte, aprovação recorde do mandatário psicopata.

Mas como já é do conhecimento de todos, essa prática tem começo, meio e fim para acabar, não será possível prolongar por mais tempo, devido à escassez de dinheiro. Se insistir, pode comprometer gravemente a economia que já se encontra em estado de profunda anemia. Bolsonaro está refém dessa inexorável situação.

Os números obtidos pelo presidente, afirma ele, se devem muito ao elevado volume de dinheiro, auxílio emergencial, estipulado para o período da pandemia do coronavírus, distribuído entre as pessoas. “ Pensar que Bolsonaro é um gênio que descobriu a fórmula para ganhar a eleição está errado”.

No tabuleiro do xadrez político nacional, voltado para o cenário futurístico de 2022, observa ele, que a tática de se utilizar de discursos antipetistas por parte do presidente, pode se apresentar como faca de dois gumes. Não se pode esquecer também o perigo dessa opção de Bolsonaro ter rompido com antigos colaboradores tipo os governadores João Doria (SP) e Wilson Witzel (RJ), pois alianças são necessárias quando se busca uma reeleição.

Entre outras considerações de cunho político, o cientista não descarta a possibilidade de surgir no cenário, como uma provável alavancagem para catapultar o Paulo Guedes. Isso a nosso ver, se o Ministro se manter firme até o final desse governo. E ao que tudo indica, a permanência dele está se tornando praticamente uma missão impossível.

Outro aspecto que podemos considerar é a impossibilidade desse governo em manter uma certa empatia com seus parceiros comerciais, em nível internacional. Persistindo esse quadro, o modelo econômico existente está fadado ao mais completo fracasso. Quanto ao aspecto moral, está derrocada já existe, e não é de hoje.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

OUTRAS NOTÍCIAS