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Deu a louca na terra de Pindorama/ Por Sérgio Jones

As mentes enfermas veem tomando de assalto o campo político no Brasil, já faz um longo tempo. Nos dias atuais, a situação se intensifica com grande celeridade através dos portadores dessas enfermidades.

Não demorou muito para logo após a aberração do genocida Bolsonaro ter sido apeado do poder para que os seus simpatizantes entrassem em campo.

O país convivendo com tantos problemas sociais eis que, não mais do que de repente, surge um Projeto de Lei 446/23 que propõe punir com reclusão de dois a cinco anos e multa as práticas de fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a foice e/ou o martelo, para fins de divulgação do comunismo ou o socialismo.

O que mais falta acontecer neste arremedo de país? Já existe uma lei que já pune, também com reclusão de dois a cinco anos e multa, fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.

A hipocrisia que existe por trás de toda essa trama nada mais é do que mais uma tentativa fascista que busca se utilizar desses argumentos para combater crimes em nome de ideologia, em especial as ideologias de cunho social.

Se o princípio é esse, como se explica a existência do capitalismo no mundo. Nenhuma ideologia já promoveu tantas guerras e genocídios em massa, contra a humanidade. Tudo em nome do sacrossanto capital.

Chegando superar, em muito, as atrocidades praticadas pela igreja católica, tanto na Alta Idade Média (Século X) como na Baixa Idade Média (XI ao XV).

Não vai faltar muito para que surja uma lei complementar que proíba chamar o trabalhador de proletário e utilizar esses instrumentos, martelo e a foice, em suas práticas laboriais.

Pelo simples fato da existência deles afetarem sobremaneira a sensibilidade da burguesia hipócrita que vive e sobrevive da exploração do suor de seus semelhantes.

Como já era esperado, o defensor (a) de tais práticas só poderia partir de pessoas cabeças tortas tipo a deputada Coronel Fernanda (PL-MT). Oriunda do reduto do agronegócio que abriga todo tipo e gênero de negacionistas e reacionários de diversos matizes ideológicas, da extrema direita.

Também tramita na Câmara outra proposta que busca criminalizar a apologia ao comunismo. Trata-se do Projeto de Lei 5358/16, da figura do deplorável deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que também altera a Lei Antirracismo para incluir entre os crimes previstos o de “fomento ao embate de classes sociais”. A pena prevista, nesse caso específico, é reclusão de um a três anos e multa.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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