Vamos falar sobre o tema, até onde entendo que possa ser divulgado, para não vulgarizar seu impacto e suas emoções.
Não tenho nenhuma dúvida sobre o fascínio diante daqueles que são iniciados e assumem a Maçonaria.
Algumas iniciações realizadas em lojas não seguem a mesma metodologia, são diferenciadas em alguns aspectos: por exemplo, brincadeiras, suspenses e perigos presumíveis podem ser utilizados, nada que provoque danos físicos.
Outras o sobrenatural. Todas com a finalidade do reconhecimento repentino da irmandade e da família que a partir daquele momento está sendo construída. Seremos irmãos e o objetivo, para sempre, independente de raça. Religião e Ideologia.
Os prováveis ambientes lúgubres por que tenha passado, reforça a confiança na irmandade e a morte simbólica é a confirmação da passagem de uma vida para outra. O renascer é espiritual.
Transpor a muralha de fogo é a separação do mundo profano, do sagrado mundo Maçônico.
O iniciado passou por uma transformação, que torna diferenciado no mundo profano. As portas são abertas para uma caminha de nível superior. Ou seja, do nível terreno, material, ele é transposto para o espiritual.
Sabem por que?
Porque a Maçonaria é uma instituição que conserva certas formas tradicionais de ensino reservado iniciático. O que predomina nela é o princípio de tolerância para com as doutrinas religiosas e políticas, porque ela está acima e fora das rivalidades que separam irmãos de irmãos.
Essa é a metamorfose do iniciado, morre para o olhar do mundo profano para iniciar um aprendizado visando a elevação de um novo nascimento.
O iniciado é jogado na escuridão para saber o valor da LUZ.
O momento inicial do atual mundo tecnológico não é inimigo é o nosso fornecedor de ferramentas mais seguras e facilitadoras para que possamos tornar realidade o que muitos chamam de proposta mitológica. Tornar a humanidade feliz.
Para melhor entendermos o que realmente significa uma iniciação é aconselhável que estudemos o povo que a utilizou de forma sistémica e coerente. Os egípcios.
Vejamos algumas informações sobre as Lendas Egípcias.
“Todas as cidades tinham divindades, cada uma com sua Tríade Divina e Enéades, as mais importantes, primeiro com Osires, Isis e Horo; a segunda Tríade, Sith, Néptis e Anúbis e a terceira por kefera, Chu e Tefnut.
Ou sela, pela ordem a primeira é o Mundo Útil, a segunda o Mundo Inferior e a terceira o Mundo Celestial.
Nas duas primeiras existem um Deusa masculino, mais velho, uma Deusa, sua mulher, e um Filho.
Na última Tríade existe o primordial, Rá ou Kephere, que é o Sol. De Rá emanam dois outros Deuses, macho e fêmea, Luz e Trevas. Essência e Matéria, Chu Tefnut.
Não vamos nos aprofundar, acredito que a curiosidade de cada um vai alimentar seus estudos.
Voltando a iniciação
Em ambiente fechado, momentaneamente, durante a iniciação a visão lhes é restituída, depara-se com uma penumbra, nem luz nem trevas e um silêncio preocupante.
Esse local é cercado pela morte, caveira, um desconhecido sem carne, velas e, é nesse momento que ele deve fazer uma profunda reflexão, ao pensar na morte faz o seu testamento. E consequentemente deve pensar profundamente na escolha que está fazendo. Uma vida nova é o que ele realmente quer.
A Maçonaria é uma escolha certa, se existem dúvidas ainda é pode mudar de atitude. Pode desistir. Não será e não terá nenhum problema.
Passado esse momento, perde a luz mais uma vez.
A iniciação prossegue, se assim foi o seu desejo, a Luz lhes será dada, faz o juramento e, é apresentado aos seus irmãos Maçons.
Para conhecer mais, precisa ser convidado.
Carlos Lima
Bibiografia
Carlos Antonio de Lima – Texto próprio
Símbolos e Mitos do Antigo Egito – Rundie Clark, T.
O Livro Egípcio dos Mortos – Wallis Budge, E.A.
Manual do Mestre Maçom – Gomes M.