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Mapeando o cosmos: pedra ‘ritual’ de 2.400 anos retrata o céu antes da astronomia moderna

Assentamentos fortificados de Castellieri

Os arqueólogos identificaram 29 entalhes únicos em um disco de pedra que correspondem a estrelas em constelações como Escorpião, Órion, Cassiopeia e Plêiades.

Um antigo disco de pedra, possivelmente um dos mapas celestes mais antigos já descobertos, foi descoberto em uma antiga fortaleza em Rupinpiccolo, no nordeste da Itália.

O artefato pode revelar a localização de uma supernova que explodiu há milhares de anos e acredita-se que represente um mapa celestial do céu noturno, de acordo com um estudo publicado na revista Astronomische Nachrichten.

As gravuras no disco de pedra “ritual” correspondem aos padrões das estrelas celestes dos tempos antigos. Encontrado perto de antigos assentamentos fortificados de Castellieri que prosperaram entre 1.800 e 1.650 a.C. a 400 a.C., o disco, que tem aproximadamente o tamanho de um pneu de carro, apresenta marcas de cinzel desde a sua criação, há mais de 2.400 anos.

Segundo os pesquisadores, uma das duas grandes pedras circulares descobertas na entrada do antigo forte Castelliere di Rupinpiccolo retrata um mapa celestial esculpido datado do século IV a.C.. O outro é uma representação do sol. Foto do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF, na sigla em italiano)

Mas uma marcação posicionada ao norte da constelação de Órion intrigou os cientistas, pois não corresponde a nenhuma estrela conhecida nos dias de hoje. Este símbolo pode significar uma estrela que experimentou uma supernova incompleta, resultando em um buraco negro que permanece indescritível com os instrumentos atuais, mas que pode ser discernível usando métodos astronômicos sofisticados.

Analisando o disco, os pesquisadores descobriram 29 marcas distintas: 24 de um lado e as cinco restantes no verso. Esses padrões correspondem a corpos celestes em constelações como Escorpião, Órion, Cassiopeia e Plêiades.

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