Os comandantes das unidades militares já aguardam uma ordem do presidente Lula para dispersar os bolsonaristas acampados em frente aos quartéis.
A expectativa é de que o comando parta do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim que tomar posse, no dia 1 de janeiro.
Segundo a Folha de S. Paulo, a sinalização teria sido feita por oficiais de alto escalão ao futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
A necessidade de dispersão dos movimentos golpistas já havia sido manifestada por Lula a aliados e a interlocutores junto aos militares.
De acordo com um comandante militar ouvido pela reportagem, a noite de terror promovida por bolsonaristas em Brasília na segunda-feira (12) enterrou de vez a falsa percepção de que os atos golpistas seriam manifestações pacíficas e legítimas.
A avaliação é de que até o momento os militantes bolsonaristas incorreram no crime previsto pelo artigo 286 do Código Penal, que trata da incitação das Forças Armadas a agirem contra outros Poderes.
Em frente aos quartéis, bolsonaristas pedem, por exemplo, intervenção militar para evitar a posse de Lula. A legislação prevê punição de até seis meses de prisão.
“Mesmo que haja dúvidas sobre isso, esse oficial-general diz que assim se a ordem vier dos novos comandantes escolhidos por Lula, será cumprida.
Ele admite que há sempre o risco residual de alguma insubordinação, mas ele é visto como mínimo e talvez isolado à ponta, a algum soldado insatisfeito”, ressalta o periódico.
Brasil