O Brasil é um país surreal por abrigar toda espécie da fauna política, em especial os considerados palpiteiros. A província de Feira de Santana não pode e nem deve ser considerada uma exceção à regra.
Fato curioso ocorre no mundo das quatro linhas, futebol, o país conta não só com milhões de palpiteiros de plantão, além de mais de 200 milhões de técnicos.
Todos eles se acham aptos a traçar estratégias que provavelmente levaria o time derrotado, e de suas preferências, à vitória.
Estou a fazer este pequeno preâmbulo apenas para abordar o que considero como caso inusitado perpetrado pelo então candidato a deputado federal por Feira de Santana, Zé Chico (UB).
O mais interessante de seus comentários foi o fato de ter ele divulgado, na imprensa local, que o candidato a governador da Bahia ACM Neto (UB) vai vencer as eleições no primeiro turno.
Tal afirmação seria hilária se não fosse patética, o citado político ao incorporar o papel de vidente e futurólogo tem deixado muito a desejar. Por diversas vezes já se lançou candidato para deputado federal e nunca conseguiu lograr êxito em suas tentativas.
Como uma pessoa que não consegue prever o próprio futuro pode sair fazendo prognósticos políticos para outros candidatos.
De duas uma, ou ele é muito inconsequente em seus pronunciamentos, ou tal tipo de previsão não é embasada na razão e sim na emoção.
Se este for o caso, as previsões dele podem ser consideradas como pouco ou nada razoáveis. A postura, de Zé Chico, me faz lembrar o caso de um cidadão que saiu à procura de uma vidente para fazer uma consulta sobre o que o futuro lhe reservava.
Ao bater à porta da mesma, esta perguntou quem era. Decepcionado com a pergunta o cliente resolveu não mais se consultar.
Ao ser questionado o porquê da desistência, ele respondeu sem pestanejar: Como alguém que não sabe quem estar a bater em sua porta pode ou tem capacidade de fazer previsões futuras de outras pessoas?
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)