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Oito pessoas morrem em igreja na Alemanha após atirador abrir fogo

Atirador invade Salão Testemunhas de Jeová e mata oito pessoas

Pelo menos oito pessoas morreram na cidade de Hamburgo, na Alemanha, após um atirador abrir fogo em um centro religioso.

De acordo com a mídia, no local funciona um centro das Testemunhas de Jeová. Até agora, a polícia não informou a motivação do ataque.

O ataque também deixou diversos feridos. A polícia disse que o atirador pode estar entre os mortos. As autoridades ainda não identificaram as vítimas.

Na manhã desta sexta-feira (10), o chanceler alemão Olaf Scholz descreveu o incidente como um “ato brutal de violência”, dizendo que seus pensamentos estavam com as vítimas e seus parentes.

Em um comunicado, a comunidade das Testemunhas de Jeová na Alemanha disse estar “profundamente triste com o terrível ataque a seus membros no Salão do Reino em Hamburgo após um serviço religioso”.

O prefeito de Hamburgo, Peter Tschentscher, disse estar em choque e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas. Peritos forenses ainda estavam no local na manhã desta sexta-feira.

Lara Bauch, uma estudante de 23 anos que mora nas proximidades, disse à agência de notícias DPA que “houve cerca de quatro rajadas de tiros — vários tiros foram disparados em cada rajada — com intervalos de aproximadamente 20 segundos a um minuto”.

Ela disse que de sua janela podia ver uma pessoa correndo freneticamente do térreo para o primeiro andar. “O homem estava vestindo roupas escuras e se movendo rapidamente”, acrescentou ela.

As Testemunhas de Jeová são membros de um movimento religioso de base cristã.

A denominação foi fundada nos Estados Unidos no final do século 19, sob a liderança de Charles Taze Russell. A sede do movimento é em Nova York.

Testemunhas de Jeová
A maior parte da população alemã é católica (27%) e protestante (25%), segundo informações de um relatório do Departamento de Estado dos EUA sobre liberdade religiosa no país.

Aproximadamente 6,6% da população é muçulmana —e de maioria sunita. No país de pouco mais de 80 milhões de pessoas, de acordo com os dados do documento, 167 mil seriam das Testemunhas de Jeová.

Quando a Alemanha era governada pelo regime nazista de Adolf Hitler, entre as décadas de 1930 e 1940, as Testemunhas de Jeová foram um dos grupos que sofreram intensa perseguição política.

Nos últimos anos, o país foi palco de diversos ataques perpetrados pela extrema-direita, o que intensificou a cobrança da sociedade para que o governo aja contra grupos neonazistas, que se proliferam.

Em 2020, um extremista matou dez pessoas e feriu outras cinco na cidade de Hanau. Um ano antes, duas pessoas foram mortas após um neonazista invadir uma sinagoga.

Em 2020, ao anunciar número recorde de crimes cometidos por indivíduos de extrema direita, o então ministro do Interior Horst Seehofer expressou preocupação com a onda de violência que, em sua visão, consolidava uma tendência de brutalidade na Alemanha.

Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, houve quase 22 mil crimes nessa categoria em 2021, em especial contra imigrantes e refugiados. Ao menos 590 pessoas ficaram feridas nos episódios.

“A extrema direita é a maior ameaça à nossa democracia e ao povo de nosso país”, disse a atual ministra do Interior, Nancy Faeser, à época do lançamento do relatório.

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RPP

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