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Parte de profissionais e órgãos da imprensa feirense recebe mimos para si e para seus familiares em órgãos públicos/ Sérgio Jones

De acordo com os cânones que regem a imprensa que prega a importância e a necessidade de informar aos seus leitores com a maior precisão possível, comportamento que deveriam ser adotados por todos os comunicadores sem exceção. Quando se trata da província de Feira de Santana, essa prática não tem sido devidamente observada e aceita por alguns que têm se aventurado nessa nobre função.

Esquece esses comunicadores de plantão e a serviço do capital que a função maior da imprensa é informar bem para ajudar os cidadãos a compreender os muitas vezes complicados processos do governo, e conscientizar as pessoas de como as decisões tomadas nos níveis mais altos as afetarão.

Volta e meia o cidadão feirense se depara diante de informações veiculadas em parte da imprensa local nos seus mais variados âmbitos que em lugar de informar, desinforma. Podendo citar casos como de políticos envolvidos em práticas suspeitas que têm suas imagens repassadas de forma abusiva para a população como pessoas probas, o que não correspondem com a verdade factual.

Exemplos podemos citar como notícias veiculadas em emissoras de rádio, blogs e sites que se especializaram em apontar a ascensão de alguns vereadores que foram deslocados para serem secretários a convite do prefeito de direito em não de fato, Colbert Martins. E estes são citados como experientes e que vão fazer falta no legislativo feirense.

Mas por trás dessa aparente e inofensiva divulgação se encontram interesses outros. Parte dos proprietários de sites, blogs e radialistas são cooptados por estes órgãos públicos através da contratação de seus ‘bons’ serviços e veiculações de matérias favoráveis a eles, além de manterem contratados nos mesmos, parentes e aderentes. Todos mantidos graciosamente, e regiamente pagos com recursos públicos.

Enquanto essa permissividade e a farra permanece entre os podres poderes nessa aliança criminosa com a parte podre da imprensa local, o atual presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, vereador Fernando Torres (PSD), prossegue em sua cruzada e continua a fazer veemente acusações de prática de improbidades administrativas no trato da coisa pública ao ex-vereador Alberto Nery (PT) e o ex presidente do legislativo José Carneiro (MDB).

Com relação a Nery ao qual taxou como bandido. Torres adiantou que nada deve ao PT, que sua fala não se trata de questões partidárias. “Fui secretário do governador Rui Costa e no dia que ele sair candidato a outro cargo tem meu voto, porque é um homem sério, não é uma questão partidária, tanto que estou aqui elogiando o maior nome do PT na Bahia”.

O presidente do legislativo foi enfático ao afirmar que nos bastidores todos têm amplo conhecimento que Nery mantinha negociações espúrias com as empresas de ônibus. “Vocês têm que conversar não é comigo, mas com os motoristas de ônibus. Um sindicalista que gasta milhões em campanha. Foi um tiro no pé que ele recebeu, anda armado e sem porte de arma”, disse, referindo-se de forma irônica a um acidente sofrido por arma por arma de fogo o sindicalista, há algum tempo atrás.

No que concerne ao ex-presidente José Carneiro, sua gestão contou com sucessivos escândalos que vão desde a compra de quase um milhão de reais, em um ano, em detergentes. Além de estar sendo acusado pelo seu substituto no cargo de ter ordenado a retirada de óleo dos motores dos veículos da câmara para que eles fosse danificados, entre outras práticas consideradas nada ou pouco convencionais.

Todos eles amplamente divulgado por parte da imprensa não comprometida nem apadrinhada pelo legislativo. O mesmo ritmo e processo vem sendo mantido no tocante a administração no poder executivo, um em nada difere do outro, quando o assunto em questão se trata de corrupção.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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