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Rui Costa afirma que haverá mais demissões no governo ainda em janeiro

Ministro da Casa Civil Rui Costa

O ministro da Casa Civil , Rui Costa , disse nesta terça-feira (17) que a demissão de assessores e comissionados é “natural” e que ainda haverá “trocas mais intensas a partir do dia 23”.

Hoje, o  governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou 40 militares da administração das residências oficiais da Presidência.

As demissões ocorrem uma semana após Janja, a primeira-dama, ter exposto o estado que encontrou o Alvorada após a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“A troca dos assessores, que são cargos comissionados, está ocorrendo em todos os ministérios e ocorrerá independente de serem militares ou civis. […] Desde que assumimos, [houve] um número grande de troca de pessoas e, assim, seguirá e vocês vão ver essas trocas mais intensas a partir do dia 23 [de janeiro], quando eu diria que roda a chave no sistema para que os novos ministérios passem a existir nos sistemas eletrônicos, digitais do governo”, declarou Rui Costa em entrevista a jornalistas.

O ministro afirmou que os desligamentos fazem parte da nova gestão, que tem uma “filosofia” diferente do governo de Bolsonaro. Ele ainda negou que as demissões aconteceram por “desconfiança”.

“É natural que essas trocas ocorram, até porque o governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o governo que entrou. Há um pensamento em todas as áreas muito diferentes, portanto, nós não poderíamos conviver com os mesmos assessores”.

E acrescentou: “Não tem nenhuma novidade com isso. Não há nenhum mistério. Ou alguém achava que nós iríamos entrar no governo e manter os assessores do governo anterior?

Alguém achava isso? Não. Não é razoável que isso fosse assim. Se fosse manter o mesmo estilo, não estaria aqui falando com vocês, nós estaríamos num cercadinho maltratando vocês”, disse Costa.

O ministro da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, havia dito, em 2 de janeiro, que o governo Bolsonaro entregou as residências oficiais “de qualquer jeito” ao atual mandatário.

Pouco depois,  Janja mostrou o estado de conservação dos móveis do local, além da ausência de objetos do Alvorada.

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