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Prates celebra início das operações na Margem Equatorial, mas defende ação no Amapá

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O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, celebrou pelo X, antigo Twitter, em uma longa postagem, a autorização do Ibama para que a empresa inicie uma campanha exploratória da Margem Equatorial Brasileira, que consiste em 16 poços exploratórios – para buscar novas reservas de petróleo – a serem perfurados entre 2023 e 2027.

Petrobrás planeja poço na Margem Equatorial em outubro após autorização do Ibama

Prates salientou que a licença do Ibama para a perfuração dos poços vem após a Petrobrás realizar, por exigência do órgão ambiental, um teste bem-sucedido de controle de um possível vazamento.

“Há algumas semanas, o órgão ambiental federal autorizou a Petrobrás a realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO) – uma espécie de ‘simulação’ de ocorrência de um vazamento para atestar em detalhe cada procedimento de combate/remediação – para a perfuração do poço de Pitu Oeste, na costa do Ceará e do RN, da Bacia Potiguar. A Petrobrás realizou os testes com pleno êxito na semana retrasada”.

Por outro lado, o presidente da companhia ressaltou que a prioridade da Petrobrás sempre foi explorar as bacias FZA (Foz do Amazonas), PAMA (Pará-Maranhão), BAR (Barreirinhas) e POT (Potiguar), “nesta ordem”.

A primeira a ser liberada, no entanto, foi a última na lista de prioridades da Petrobrás, “região em que há mais estudos, atividades e experiência operacional”.

A Bacia Potiguar, segundo Prates, “possui sete poços produzindo petróleo e gás, 437 poços marítimos já perfurados pela Petrobrás historicamente, além de mais de 8680 poços em terra”.

Com a liberação da Bacia Potiguar, a Petrobrás espera, de acordo com o presidente, obter em breve licenças para iniciar campanhas exploratórias de outras bacias.

“Cabe destacar que a realização e o sucesso desta APO é um marco muito importante não apenas para a Bacia Potiguar, mas para toda a Margem Equatorial brasileira, e foi uma oportunidade da Petrobrás demonstrar, mais uma vez, a sua capacidade de implementar uma resposta robusta na eventualidade da ocorrência de um vazamento de grandes proporções.

É diante do êxito dessa simulação técnica e operacional que estamos otimistas quanto à obtenção, nesta próxima semana, da licença para perfurar Pitu Oeste e, concomitantemente, prosseguir com a finalização bem sucedida do processo processo de licenciamento no Amapá”.

Prates ainda destacou que “a busca de novas reservas e os investimentos exploratórios na Margem Equatorial Brasileira não são contraditórios em relação à Transição Energética em curso tanto na Petrobrás quanto no mundo.

Ela representa um potencial de investimentos de US$ 21 bilhões (mais de R$ 100 bilhões) na região, geração de quase 500 mil empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 160 bilhões em receitas governamentais (União, Estados e Municipios) nos próximos cinco anos.

Isso é injetar recursos na economia local que, se bem administrados, garantirão a organização da economia circular da floresta em pé, o desenvolvimento da infraestrutura em harmonia com a natureza e o bem estar dos povos da Amazônia”.

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