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Neymar faz último esforço para que brasileiros não torçam pela Seleção na Copa

Neymar o parceiro do genocida

Neymar afirmou que pretende presentear o presidente Jair Bolsonaro (PL) com uma das camisas que usará na Copa do Mundo do Qatar. A informação foi publicada na revista Veja nesta quinta-feira (24) e repercutiu nas redes.

“O país dividido politicamente, Bolsonaro derrotado nas urnas, e Neymar ainda com esse papinho querendo dividir ainda mais? Ele devia ficar pelo Qatar e levar o ‘mito’ junto. Podemos ser hexa sem esse moleque”, publicou um internauta.

“Mais importante que o hexa já ganhamos: a derrota de Bolsonaro nas urnas”, opinou mais um.

“Neymar poderia ajudar Bolsonaro a pagar os 22 milhões de multa, ou então pagar o que ele mesmo deve à Receita Federal em sonegação”, disse mais um.

Neymar apoiou Jair Messias Bolsonaro nas eleições de outubro deste ano, para reeleição da Presidência do Brasil. O atual presidente acabou sendo derrotado nas urnas por Lula, que comandará o país a partir de 2023.

Por outro lado, não se espera que, em caso da conquista do hexa no Qatar, Tite suba a rampa do Palácio do Planalto e apresente a taça da Copa do Mundo a Jair Bolsonaro com todo o seu time, como aconteceu, por exemplo, em 2002.

Isto porque o atual técnico da seleção brasileira já se revelou um crítico de Bolsonaro e declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil enfrenta a Sérvia em sua partida de estreia na Copa do Mundo de 2022. O jogo terá transmissão ao vivo da Rede Globo e começa às 16h.

Homenagem em caso de gol
Durante uma transmissão ao vivo, Neymar também prometeu festejar seu primeiro gol na Copa fazendo uma homenagem a Jair Bolsonaro. Neymar falou que faria o símbolo 22, em alusão ao número do então candidato à Presidência da República.

O gesto, porém, é proibido pelas normas da Fifa para o Mundial. Há proibição de manifestação política com exceção de defesa de direitos humanos, segundo as regras.

Segundo o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito esportivo, qualquer atleta que, durante uma partida da Copa do Mundo, expresse-se de forma a associar-se a um governo ou grupo político se arrisca a levar uma punição disciplinar.

O artigo 33 do regulamento da Copa, em seu parágrafo 3º afirma: “A exibição de mensagem política, religiosa ou pessoa ou slogans de qualquer natureza ou linguagem ou forma por jogadores e oficiais (árbitros e técnicos) é proibido.

A regra do futebol, em seu artigo 4º, também tem veto a mensagens políticas religiosas ou pessoais.

Essa exceção para a defesa de Direitos Humanos vale para manifestações como as previstas contra a homofobia, prometidas por capitães de times europeus.

Elas acabaram não acontecendo, uma vez que, na véspera, a Fifa ameaçou os capitães com cartão amarelo.

As punições previstas no possível processo disciplinar vão de multa a suspensão, o que nesse caso é bem menos provável. Se fosse um protesto a Bolsonaro ou apoio a Lula, Neymar estaria passível da mesma punição.

Na Copa do Mundo, na Rússia, em 2018, os jogadores Xhaka e Shaquiri, da Suíça, fizeram o símbolo da águia em alusão à bandeira da Albânia em jogo contra a Sérvia.

De origem albanesa, os dois respondiam a provocação do sérvio Mitrovic. Existe um conflito entre a Sérvia e Albânia. A Fifa puniu os dois jogadores suíços com multas de 10 mil euros.

RPP

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