No primeiro debate das eleições deste ano, no Instituto Federal da Bahia (IFBA), no Canela, em Salvador, na noite de segunda-feira (22), os candidatos à prefeitura centraram artilharia pesada em ACM Neto (DEM), ausente ao encontro. O candidato Pastor Sargento Isidório (PDT) também não participou.
A candidata Alice Portugal, do PCdoB, disse que a educação é “menosprezada pelo atual prefeito”, e que, se ela for eleita, o segmento “terá prioridade” em seu programa, assim como a construção de creches, cujo déficit em Salvador gira em torno de 145 mil vagas.
Ela criticou a ausência de ACM Neto. “O prefeito tem situação confortável e ainda assim não quer se expor em debates. Quero aqui de maneira solene e concreta dizer que o prefeito desrespeita a academia baiana quando se ausenta do primeiro debate realizado por Salvador e para Salvador”.
Atual vice-prefeita, a candidata Célia Sacramento (PPL) afirmou que os valores investidos nas escolas “não são reflexos apenas de falta de verba”.
“Claro que falta recurso para educação. Com o que se tem, o que pode ser feito. Aí é a gestão. Em salvador há uma carência de creches. É uma questão de escolhas e análises de custos. Recusamos valorizar os professores. São as escolhas na gestão dos recursos que fazem a diferença”, disparou Célia.
Candidato pelo PP, Claudio Silva também escolheu o tema educação como um dos maiores problemas da capital baiana.
“Vimos o nosso prefeito viajar para o Vale do Silício com o secretário da Educação, quando eu tenho dito que ele deveria ir para o Vale da Muriçoca”. Ele também criticou o modelo de carnaval da gestão atual.
“O Carnaval, lamentavelmente, na nossa cidade, virou um evento comercial, não cultural”.
O candidato do PSOL, Fábio Nogueira, focou seu discurso na redução de investimentos para universidades.
Ele afirmou que “a educação em Salvador foi “abandonada” pelo prefeito. “O caminho é a gestão democrática, é a participação popular, o que não acontece na gestão de ACM Neto”.
Da Luz, que concorre pelo PRTB, focou suas críticas também na educação. “Não sei como o prefeito consegue colocar a cabeça no travesseiro para dormir”.
Questionado sobre a morte de negros em comunidades pobres, ele disse que “toda vez que você não dá um lápis para uma criança você dá a possibilidade para ela pegar um revólver mais à frente”.